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Abrolhos celebra 36 anos com muita festa

Primeiro parque nacional marinho do Brasil, unidade de conservação no litoral da Bahia guarda a mais rica biodiversidade do Atlântico Sul, além de contribuir para o desenvolvimento da economia local
Publicado: Quinta, 04 Abril 2019 20:05 Última modificação: Sábado, 27 Abril 2019 16:54 Autor: Elmano Augusto Ferreira Cordeiro
Crédito: Enrico Marcovaldi Vista aérea do arquipélago dos Abrolhos Vista aérea do arquipélago dos Abrolhos
Brasília – O Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, um dos mais preciosos tesouros naturais do país, completa 36 anos de criação neste sábado (6), mas as comemorações vão durar todo o mês de abril. A programação começa logo nesta sexta-feira (5) com o evento Cesta Poética, no Centro Histórico de Caravelas, no extremo sul da Bahia. Contará com atrações artísticas e homenagens ao parque.

No sábado, dia do aniversário, a direção do parque promove o Programa Comunidade em Abrolhos, com uma visita de moradores nativos ao arquipélago que fica a cerca de 70 km da costa. No dia 11, haverá reunião do conselho gestor e uma tarde de homenagens a pessoas que contribuem, de alguma forma, para a boa gestão da unidade de conservação.

De 17 a 25, os gestores do parque realizam o projeto Abrolhos 360º, com o oceanário itinerante passando pelas várias comunidades de Caravelas e a exibição de vídeos em realiade virtual sobre o parque. No dia 20, está programado o espetáculo Contos e Encantos do Mar, no distrito de Ponta de Areia, também em Caravelas, juntamente com atrações musicais. Mas, segundo a direção do parque, as atividades não ficam por aí: haverá ainda neste mês outras visitas da comunidade ao arquipélago, concurso de fotografias nas redes sociais e oficinas.

AGRADECIMENTO

Nesta quinta (4), a equipe do parque, chefiada pelo analista ambiental Fernando Repinaldo, postou mensagem nas redes sociais, agradecendo o apoio que sempre recebeu de moradores, servidores e parceiros. “Proteger a maior biodiversidade marinha do Brasil promovendo ao público a visitação e realização de atividades didáticas e científicas num ambiente único no mundo é uma tarefa que exige grande dedicação e colaboração de muitos”, diz a nota.

Por isso, prossegue, “no mês de abril, comemoramos não só a criação do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, o primeiro deste tipo no Brasil, mas também todos os serviços prestados e gerados para a sociedade”. “Mais que comemorar, gostaríamos de agradecer imensamente a todos que dedicaram e ainda dedicam sua missão de vida e profissional em prol da conservação de Abrolhos, assim como àqueles que nutrem esperança e amor por dias ainda melhores ao parque nacional”, conclui a nota.

O PARQUE NACIONAL

Primeiro Parque Nacional Marinho criado no Brasil, Abrolhos representa um marco para a conservação no país. Desde então, os cerca de 87.943 hectares da unidade ajudam a proteger a região com a maior biodiversidade do Atlântico Sul.

Sob a administração do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão do Ministério do Meio Ambiente (MMA), o parque possui dois polígonos: um que protege o arco de recifes costeiros entre Alcobaça e Prado, abrangendo o Recife de Timbebas; e outro a cerca de 50 km da costa, que engloba o arquipélago dos Abrolhos, composto pelas ilhas Redonda, Siriba, Sueste, Guarita e Santa Bárbara e o Parcel dos Abrolhos, contendo um complexo de milhares de chapeirões, estruturas recifais únicas encontradas somente na região.

O arquipélago dos Abrolhos causou curiosidade a Charles Darwin, que o visitou em 1832. Além de resguardar porção significativa do maior banco de corais e da maior biodiversidade marinha do Atlântico Sul, o parque protege o principal berçário das baleias-jubarte, que migram para o banco dos Abrolhos para ter seus filhotes.

É também a única região do planeta onde é possível encontrar o coral Mussismilia braziliensis, conhecido por coral-cérebro por seu aspecto peculiar. Espécies de tartarugas-marinhas ameaçadas de extinção, como as tartarugas-de-couro, cabeçuda, verde e de pente, também se refugiam nos limites da unidade, além de aves marinhas como a grazina do bico vermelho, os atobás branco e marrom, as fragatas, beneditos entre outros, incluindo pequenas aves migratórias do Hemisfério Norte.

Um levantamento da biodiversidade da região registrou aproximadamente 1.300 espécies, 45 delas consideradas ameaçadas, segundo listas da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês) e do MMA. Por isso mesmo, o local é considerado um dos melhores do Brasil para atividades de mergulho.

Dados de monitoramento pesqueiro mostram que a pesca nas regiões vizinhas ao parque movimenta mais de R$ 100 milhões por ano, o que representa 10% da receita da atividade no Brasil. A unidade assegura a procriação das espécies contribuindo para a manutenção da pesca nas regiões vizinhas, que é o meio de subsistência para cerca de 20 mil pessoas na região.

O turismo é outra expressão da importância econômica da unidade. O fluxo de visitantes gerado pelo parque garante centenas de empregos em hotéis, pousadas, restaurantes e demais atividades ligadas ao setor.

Segundo dados do Prodetur, o turismo representa 20% do PIB dos municípios da Costa das Baleias, zona turística correspondente ao litoral do extremo sul da Bahia. Pesquisas da Bahiatursa apontam que mais de 90% dos turistas que visitam a região tem como motivação principal os atrativos naturais.

As águas claras de temperatura amena, naufrágios e a rica fauna marinha fazem do parque dos Abrolhos o atrativo natural mais importante da Costa das Baleias.
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