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MMA nas comemorações aos 502 anos da descoberta do São Francisco

Publicado: Quarta, 01 Outubro 2003 21:00 Última modificação: Quarta, 01 Outubro 2003 21:00

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, participa neste sábado (4) das comemorações aos 502 anos de descoberta do Rio São Francisco. Na ocasião, a ministra anunciará a criação de Grupo de Trabalho que coordenará os estudos para a revitalização do "Velho Chico". A cerimônia será no Teatro Sete de Setembro, na cidade de Penedo, em Alagoas, onde Marina Silva chega nesta sexta-feira (3) para o encerramento da 2ª Reunião Plenária do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco.

Durante visita à foz, a ministra assinará, com a Centrais Hidrelétricas do São Francisco (Chesf) um protocolo de intenções para a criação de unidade de conservação às margens do rio, na altura da represa do Xingó. Marina Silva também dá posse ao comitê gestor da Área de Proteção Ambiental (APA) do Piaçabussu e entrega um barco do Ibama que ajudará na fiscalização do rio.

Nesta sexta-feira, às 8h30min, em Recife (PE), a ministra Marina Silva falará sobre a Política Nacional de Meio Ambiente no encerramento do Seminário Internacional Ética, Cidadania e Meio Ambiente, no Recife Palace Hotel Lucsim. Representantes do Brasil e de outros cinco países, de Tribunais de Contas de todo o país, prefeitos e vereadores participam do evento.

Velho Chico
                           
O São Francisco, descoberto por Américo Vespúcio em 1501, ganhou seu nome em homenagem ao santo homônimo. Também conhecido como "Velho Chico" e "Rio da Integração Nacional", o rio é formado por 32 sub-bacias, que abrangem quase 10% do território nacional. Percorre 2.017 quilômetros,  passando por Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe e banhando 504 municípios. Nasce na Mata Atlântica, corta o Cerrado e a Caatinga, e deságua no oceano Atlântico. 

O caminho até o mar, no entanto, está cada vez mais difícil. A falta de saneamento básico nos municípios que margeia e a poluição por agrotóxicos, principalmente na Bahia e Minas Gerais, a erosão e a destruição das matas ciliares são algumas das ameaças ao rio. Para combater essas agressões e revitalizar o manancial, o Ministério do Meio Ambiente criou um Grupo de trabalho e definiu como linhas de ação quatro programas:

Qualidade ambiental - prevê obras de saneamento, despoluição do rio, tratamento de resíduos sólidos e convivência com a seca;

Manejo de recursos naturais - envolve a recuperação do solo e das matas ciliares, criação de unidades de conservação e proteção da biodiversidade;

Agenda socioambiental - consiste em programas de educação ambiental, implantação da Agenda 21,desenvolvimento do ecoturismo e fortalecimento dos sistemas locais de meio ambiente e recursos hídricos; 

Proteção ambiental - monitoramento e fiscalização, gestão da informação, recursos pesqueiros e zoneamento. 

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