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Comissão rejeita liberação da caça comercial às baleias

Com a decisão, Comissão Internacional da Baleia reafirma sua posição conservacionista. Hoje foi o último dia de plenária em Florianópolis.
Publicado: Sexta, 14 Setembro 2018 15:58 Última modificação: Sexta, 14 Setembro 2018 16:18
Crédito: Gilberto Soares/MMA Representantes de 75 países participam da 67ª Reunião da CIB em Florianópolis Representantes de 75 países participam da 67ª Reunião da CIB em Florianópolis

Brasília – A proposta do Japão para flexibilizar as regras da caça comercial à baleia foi rejeitada pela Comissão Internacional da Baleia (CIB), em votação ocorrida na manhã desta sexta-feira, em Florianópolis (SC), onde ocorre a 67ª sessão plenária da Comissão. Ao todo, 41 países votaram contra a flexibilização, 27 a favor e dois se abstiveram. O resultado se configurou como uma vitória para o Brasil.

Para o secretário de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente, José Pedro de Oliveira Costa, essa foi uma das mais importantes reuniões da CIB para o país. “Hoje tivemos a derrota por 68% dos votos da proposta japonesa de voltar à caça comercial. O país sabia que teria pouca chance, mas a derrota ainda foi superior ao esperado”.
 
José Pedro acredita que, pelo menos até a próxima sessão da CIB, as baleias têm sua proteção garantida. “Não que isso resolva porque o Japão, contrariando decisões da CIB, faz a pesca que chama científica, com a qual mais de mil baleias são mortas por ano. Com a decisão de hoje, ao menos evitamos a pesca avançada com milhares de animais mortos”, disse.
 
DECLARAÇÃO
 
O secretário do MMA destacou a aprovação da Declaração de Florianópolis, “muito boa para o Brasil sob vários aspectos”, chamando a atenção para três pontos: a valorização da questão cientifica, o reconhecimento do Atlântico Sul como uma área de especial interesse para a manutenção das populações dessas espécies e o fato de ter reiterado o banimento da caça comercial, que de acordo com ele, foi a grande discussão da reunião.
 
Aprovado na quinta-feira (13/09), o documento reafirma a importância da manutenção da moratória e reconhece o papel da CIB na recuperação das populações dos grandes cetáceos (mamíferos marinhos).
 
O Brasil juntou-se à Comissão em 1974 e em 1987 aderiu à moratória à caça comercial, em vigor desde o ano anterior. O país proibiu todos os tipos de caça e de molestamento a baleias e outros cetáceos em suas águas territoriais que, em 2008, foram formalmente estabelecidas como santuário de baleias e golfinhos.
 
A COMISSÃO

Criada em 1946, a CIB é formada atualmente por 88 países, que se reúnem a cada dois anos para definir medidas em nível regional e global. Até esta sexta-feira (14/09), ocorre, em Florianópolis, a 67ª sessão plenária da Comissão, com a participação de autoridades brasileiras e dos países participantes, além de representantes da sociedade civil e da comunidade científica. Estão em Santa Catarina, 75 integrantes da Comissão.
 
A postura do Brasil já havia sido reiterada na Declaração de Florianópolis, aprovada no evento.
 
 
 
 
 
 
Por: Waleska Barbosa/ Ascom MMA 
 

Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA)
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