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Operação Primata define ações imediatas

Reunião realizada em Brasília estabelece ações voltadas para quatro áreas prioritárias, entre as oito definidas pelo Ministério do Meio Ambiente.

Publicado: Sexta, 20 Abril 2018 19:30
Crédito: Keoma Coutinho/ Arquivo ICMBio Macaco-prego-galego: em perigo Macaco-prego-galego: em perigo

Brasília (20/04/2018) – O Grupo Gestor da Operação Primatas, iniciativa voltada para coordenar a os esforços de proteção dos macacos brasileiros, definiu, nesta sexta-feira, em Brasília, sua agenda de atuação para este ano. O primeiro passo será a definição das fontes de financiamento para os projetos. A expectativa é de que os recursos venham da iniciativa privada, da compensação ambiental e do programa de conversão de multas por crimes ambientais.

A operação vai atuar no processo de criação e ampliação de unidades de conservação, corredores ecológicos e mosaicos nos biomas Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica e Amazônia. O desmatamento associado à mudança de uso da terra é a principal causa da redução da população de primatas no país.

Presidida pelo secretário de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente, José Pedro de Oliveira Costa, a reunião definiu uma agenda de trabalho que começa com a criação da secretaria executiva da Operação. Ele lembrou que “esta é uma iniciativa da sociedade, na qual o governo é parte”. 

Idealizada há um ano, a Operação adotou oito ações prioritárias previstas em portaria ministerial de dezembro de 2017, que definiu as áreas críticas para a implementação de políticas públicas para proteção dos primatas. A expectativa é que quatro delas tenham início ainda neste ano. A proteção dos macacos da Caatinga baiana, a criação de um corredor em torno da Estação Ecológica da Mata Escura, em Minas Gerais, ações na Reserva Biológica de Gurupi e a criação de uma UC para proteger o sauim-de-coleira, na região de Manaus.

SERVIÇOS AMBIENTAIS

Quase 20% de todas as espécies e subespécies de primatas do planeta estão em território brasileiro. São cerca de 150, das quais 85 são endêmicas, ou seja, só ocorrem em áreas específicas. Mas 35 delas encontram-se ameaçadas de extinção, com seis criticamente em perigo. Além de serem um dos indicadores de um meio ambiente saudável, os macacos prestam relevante serviços ambientais, principalmente da difusão das sementes das plantas nativas.

Participaram, também, da reunião o vice-presidente da Conservação Internacional (CI), Rodrigo Medeiros; o gerente da WWF Brasil, Fernando Caminati; o pesquisador da Universidade de Brasília Bráulio Dias; e o consultor Fábio Feldman, entre outros.

 

 

Por: Paulenir Constâncio/ Ascom MMA


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