Brasília (11/04/2018) – O Brasil está entre os 12 países que participarão de projeto global para proteger os ecossistemas dos efeitos negativos da transferência de espécies marinhas, que são transportadas incrustradas em navios nas suas viagens internacionais e, também, em plataformas móveis. O Projeto GloFouling (incrustação, em inglês), em sua composição final, foi apresentado nesta semana em reunião da Organização Marítima Internacional (IMO), em Londres.
A iniciativa promoverá, pelos próximos cinco anos, o desenvolvimento de pesquisas científicas no campo da ecotoxicologia (impacto ambiental das substâncias tóxicas), e alternativas tecnológicas para a redução das bioincrustrações. Para participar do projeto, foi fundamental o Brasil já ter ratificado a Convenção sobre Anti-Incrustantes, dispositivo internacional para reduzir ou eliminar os efeitos adversos desses sistemas, além de ter participado de seleção e respondido a contento sobre a sua estrutura naval, portuária e as questões já enfrentadas.
Um total de 6,9 milhões de dólares será destinado ao GloFouling Partnership, que será desenvolvido em uma parceria entre o Fundo para o Meio Ambiente Global (GEF), o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e a IMO. México, Peru e Equador estão entre os outros países que fazem parte da iniciativa. O valor dos recursos para cada um deles será definido de acordo com os planos de trabalho e as bases técnicas encontradas em seus territórios.
A participação brasileira foi bem recebida pela Organização Marítima Internacional, que reconheceu, também, a participação do Brasil no Programa Global de Água de Lastro (GloBallast), coordenado, no contexto nacional, pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), entre 2000 e 2004. Neste novo projeto, que começará no quarto trimestre de 2018, o ponto focal será a Secretaria de Recursos Hídricos e Qualidade Ambiental do MMA e coordenação será da Marinha do Brasil.
ALTERNATIVAS
O projeto promoverá a proteção ambiental a partir de um olhar acompanhado de novas tecnologias. Nesse processo, serão desenvolvidos estudos e pesquisas sobre o efeito ambiental dos produtos químicos usados atualmente e as alternativas para a redução das incrustações. Também serão revistas as diretrizes atuais da IMO sobre sistemas anti-incrustantes e sua aplicação em navios e plataformas, com o objetivo de minimizar as bioincrustrações.
As alternativas incluem novas tintas com biocidas menos tóxicos e menos prejudiciais às espécies marinhas, novas formas de impermeabilizações dos cascos e estruturas dos navios e das plataformas suscetíveis às bioincrustrações. As medidas garantirão, assim, a segurança ambiental e operacional das embarcações, com tecnologias capazes de evitar maiores gastos de combustíveis e maiores emissões de gases de efeito estufa.
Por: Lucas Tolentino/ Ascom MMA
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