Brasília (03/04/2017) – Termina nesta quinta-feira o processo de seleção para a contratação temporária de brigadas especializadas de pronto emprego no combate a incêndios florestais no Distrito Federal. Informações sobre contratações nos demais estados podem ser obtidas nas superintendências do Ibama.
É período de chuvas em quase todo o país, mas é agora, em abril, que começa o trabalho do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais, o Prevfogo, para o combate ao fogo que atinge os biomas brasileiros no período de estiagem, que atinge seu pico entre os meses de junho e outubro. O planejamento e a preparação das brigadas têm início bem antes, para que sejam mantidas equipes prontas para entrarem ação com rapidez e eficiência.
Para 2018, o Prevfogo anunciou a contratação temporária de 1.565 brigadistas florestais. Eles atuarão em 78 brigadas federais em 17 estados e no Distrito Federal. Serão 40 brigadas em terras indígenas, 23 em assentamentos federais, três em territórios quilombolas, sete brigadas especializadas em diferentes biomas e cinco de pronto emprego.
O programa Brigadas Federais protege diretamente cerca de 21,5 milhões de hectares de terras indígenas. Mais 6 milhões de hectares são protegidos de forma indireta, contemplando 66 etnias e cinco grupos de índios isolados. Também estão sob a proteção das brigadas 2,8 milhões de hectares de projetos de assentamento e 267 mil hectares de territórios quilombolas. O Prevfogo auxilia, ainda, na proteção de cerca de 18,8 milhões de hectares de unidades de conservação (UCs) federais, estaduais e municipais.
As contratações de 2018 ocorrerão nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima e Tocantins.
INDÍGENAS
As brigadas indígenas são as que mais foram reforçadas os últimos anos. Hoje eles somam quase 50% do total de contratados. Segundo Gabriel Zacharias, coordenador do PrevFogo, isso ocorre "devido à qualidade nos trabalhos de prevenção e combate, realizados por eles". Os conhecimentos tradicionais sobre o uso do fogo e a interação com o ambiente facilitam o trabalho deles. "O manejo integrado do fogo, incluindo a aplicação das técnicas de queima prescrita para a manutenção da paisagem foram rapidamente assimilados", avalia Gabriel.
MANEJO
Neste ano, além do aumento geral de brigadas, duas brigadas especializadas foram elevadas à categoria de pronto emprego, em razão de atuação destacada em anos anteriores: Brif-E Indígena, de Tocantins, e BriF-E Caatinga, do Ceará. Outra novidade será a contratação de 44 Brigadistas de Manejo Integrado do Fogo. Elas são formadas por agentes especializados em queimas prescritas e outras atividades de prevenção aos incêndios florestais.
Por: Paulenir Constâncio/ Ascom MMA
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