Brasília (20/02/18) – Já há pouca água para muita gente no campo e nas áreas metropolitanas das Américas e Caribe. No mundo, cerca de 500 milhões de pessoas vivem em áreas onde a demanda pelo líquido supera a disponibilidade local. Não bastasse a escassez, manter a qualidade necessária para consumo humano vem se tornando um desafio crescente para a gestão dos recursos hídricos. Estudos indicam que a demanda deve aumentar em 50% até 2030.
As previsões, baseadas em relatórios da Organização das Nações Unidas, fizeram da água um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Associado à Gestão Integrada de Território Hídricos, os temas estão em debate no Seminário Internacional “Compartilhando Águas: Do Local ao Global”, em Ipatinga, Minas Gerais. O evento acontece em Ipatinga, Minas Gerais, durante dois dias (19 e 20/02), com o patrocínio do Ministério do Meio Ambiente (MMA).
Renato Saraiva, diretor de Revitalização de Bacias Hidrográficas da Secretaria de Recursos Hídricos e Qualidade Ambiental do MMA, apresentou a experiência brasileira do programa Água Doce. Referência na dessalinização, a iniciativa leva água a 200 mil pessoas na região do semiárido. De acordo com ele, “um novo pacto para o uso das águas disponíveis vai ter que acontecer”. Saraiva defendeu uma melhor distribuição da água entre os seus múltiplos usos, capaz de equilibrar a demanda para o consumo humano e para o desenvolvimento, principalmente na agricultura, evitando o desperdício em todas as áreas.
O seminário é preparatório para o 8° Fórum Mundial da Água, que será realizado em Brasília entre os dias 18 e 23 de março. Participam especialistas de 16 países americanos e caribenhos, além de convidados da Europa. Durante os dois dias, eles apresentam experiências que deram certo em seus países. O objetivo é contribuir para reverter as tendências atuais de escassez e degradação dos recursos hídricos.
PROGRAMA HIDROLÓGICO
Durante o encontro será realizada a oitava reunião do Programa Hidrológico Internacional (PHI). Fundado em 1975, tem o objetivo de facilitar a educação e o desenvolvimento e melhorar a gestão dos recursos hídricos em nível mundial. “Segurança da Água: Resposta e desafios locais, regionais e globais” será a temática debatida. O encontro discute ainda a necessidade de pesquisas em ciências sociais e econômicas para compreender a adquirir instrumentos de adaptação ao impacto das mudanças na disponibilidade dos recursos hídricos.
Por: Paulenir Constâncio/ Ascom MMA
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