LETÍCIA VERDI
Nesta terça-feira (20/12), o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, e o representante da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) no Brasil, Alan Bojanic, anunciaram o projeto Redeser - Revertendo o processo de desertificação nas áreas suscetíveis do Brasil: práticas agroflorestais sustentáveis e conservação da biodiversidade. O projeto terá duração de quatro anos e contará com 3,9 milhões de dólares do Fundo Mundial para o Meio Ambiente (GEF).
"Trata-se de um projeto muito importante. A luta contra a desertificação é mais do que necessária, é vital", afirmou o ministro Sarney Filho. "Temos todo o interesse que a parceria com a FAO se prolongue e se intensifique".
O objetivo é reverter o processo de desertificação por meio de ações que enfrentem a degradação do solo, da água e a perda de biodiversidade nos ecossistemas da Caatinga. Entre as ações, estão o manejo florestal de uso múltiplo; a promoção da gestão integrada dos recursos naturais em paisagens produtivas; a restauração de florestas e paisagens; e a gestão de conhecimento, capacitação e sensibilização.
"No Brasil, 16% do território (1,34 milhão de km²) está suscetível à desertificação. Essa área atinge 1.490 municípios e 34,8 milhões de pessoas", destacou a secretária de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do MMA, Juliana Simões.
Confira, na tabela, os 18 municípios que serão beneficiados, em seis estados:
"Hoje é um dia de muita alegria. A FAO tem grande compromisso com o tema da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD)", afirmou Alan Bojanic. Segundo ele, o grande desafio consiste em evitar a perda de solo e gerar renda para a população do semiárido. "Temos um componente socioeconômico importante nesse projeto, não só o ambiental".
Para coordenar as ações do projeto Redeser no Maranhão, a FAO abrirá um escritório na cidade de Barreirinhas em janeiro de 2018.
Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA)
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