WALESKA BARBOSA
O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, abriu, nesta segunda-feira (27/11), o III Seminário de Boas Práticas na Gestão de Unidades de Conservação e do I Fórum Internacional de Parcerias na Gestão de Unidades de Conservação. Realizados pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), os eventos acontecem até a quarta-feira (29/11) em Brasília.
Sarney Filho defendeu a participação dos servidores do ministério e de suas vinculadas como uma forma de parceria, importante até mesmo para reverter o índice do desmatamento na Amazônia. Ele lembrou que, no último ano, foi registrada a redução de 16% do desmatamento na Amazônia Legal, sendo que nas unidades de conservação federais o índice chegou a 28%.
"A troca de experiências proporciona um ambiente de inteligência coletiva, estimula a busca de melhores caminhos, de meios para reaplicação. A divulgação e o reconhecimento dessas práticas são mais um fator de motivação para o quadro do ICMBio e, também, para atores externos à instituição", afirmou.
Para o ministro, promover o conhecimento, o debate e, principalmente, o compartilhamento dessas experiências positivas, contribui para valorizar o servidor. "Gerar melhorias para as áreas protegidas, fortalecer o Sistema Nacional de Unidades de Conservação e, consequentemente, beneficiar o conjunto da sociedade", completou.
ÁREAS PROTEGIDAS
O Brasil é, hoje, um dos líderes mundiais na criação de unidades de conservação, com cerca de 9% do seu território sob diferentes categorias de proteção. São 324 UCs, cobrindo 79,2 milhões de hectares.
De acordo com o ministro, manter e gerir esse patrimônio natural é um processo complexo, por conta do tamanho das áreas e pela diversidade cultural, social e ambiental que abrigam e ainda por dificuldades estruturais. "O desafio é enorme, mas não intimida quem abraçou a causa ambiental como missão", disse.
O presidente do ICMBio, Ricardo Soavinski, lembrou que o seminário encerra a programação em comemoração aos dez anos do Instituto e fortalece a sustentabilidade no país à medida que promove a troca de experiências e de aprendizado e possibilita o compartilhamento de iniciativas replicáveis.
"Elas envolvem o protagonismo de gestores, servidores, parceiros e comunidades locais. Protegem a biodiversidade e nos permitem realizar grandes avanços mesmo diante dos desafios que ainda temos", afirmou.
SEMINÁRIO
O objetivo do seminário é a troca de experiências bem sucedidas na gestão de unidades de conservação (UC) com potencial de replicação. As experiências estão distribuídas por todo território nacional e contemplam diferentes temas. Foram selecionadas 46 boas práticas realizadas em unidades de conservação federais e estaduais.
Das 147 inscrições, 75 foram de servidores do ICMBio, 35 de servidores estaduais e 37 de parceiros. Mais de 50 instituições participam do evento, com ações em mais de 150 unidades de conservação, envolvendo cerca de 800 parceiros nas esferas federal e estadual, assim como da iniciativa privada e da sociedade civil.
Atualmente, diversas iniciativas são implementadas nas UCs com a participação de parceiros como associações comunitárias, entidades sem fins lucrativos, entidades governamentais, empresas e universidades.
O evento é realizado em parceria com o Instituto de Pesquisas Ecológicas (Ipê), Fundação Moore, Projeto Desenvolvimento de Parcerias Ambientais Público-Privadas, apoiado pelo Banco Interamericano para o Desenvolvimento (BID), Caixa e Instituto Brasileiro de Administração Municipal (Ibam). E ainda com a Agência de Cooperação Técnica Alemã (GIZ), Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), Programa Áreas Protegidas da Amazônia (ARPA) e Projeto Áreas Marinhas e Costeiras Protegidas (GEF Mar).
Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA)
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