Brasília (DF) ? A formação de redes de cooperação entre governo e sociedade para o debate e o fomento à agroecologia é uma das principais deliberações do grupo temático sobre agroecologia, reunido durante a semana no seminário Diálogos para um Brasil Sustentável, em Brasília. ?Uma de nossas propostas é a criação de um grupo de trabalho interministerial que chame a sociedade civil e os movimentos sociais para propor programas e projetos que possam apoiados por políticas públicas, levando a um forte apoio á agricultura ecológica?, explicou Paulo Lovato, professor do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Santa Catarina. A formação de quadros técnicos, de agricultores, de pesquisadores e de educadores em todos os níveis sobre os benefícios da agroecologia também foi destacada.
O professor da UFSC é um das participantes do seminário Diálogos para um Brasil Sustentável. Nesta quinta-feira (14), se encerraram os debates nos grupos temáticos do Diálogos, sobre energias limpas e renováveis, ecodesign, agroecologia e educação para a sustentabilidade. Amanhã, a partir das 9h, na Academia de Tênis, será realizada cerimônia para apresentação dos trabalhos desenvolvidos durante a semana.
De acordo com Lovato, a agroecologia é a aplicação dos princípios da ecologia na produção agrícola. Ele salienta, no entanto, que se deve estender esse conceito para o bom desenvolvimento rural e o atendimento às questões sociais e culturais. ?Em última instância, é a aplicação da ciência para desenvolver uma agricultura voltada para os pobres. Isso porque princípios como o da manutenção da biodiversidade, proteção aos conhecimentos tradicionais, do patrimônio cultural e o da recuperação dos ambientes degradados são melhor executados pela agricultura de pequeno porte, pela agricultura familiar e extrativista?, disse.
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