Brasília (DF) - "A agroecologia é o único caminho para a reforma agrária e para a agricultura familiar no Brasil, e os transgênicos significam uma ameaça irreversível para a sustentabilidade da agricultura", na avaliação de Ciro Eduardo Correa, da Coordenação Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Ele é um dos participantes do seminário Diálogos para um Brasil Sustentável, em Brasília .
Para ele, o Brasil não pode abrir mão da soberania nacional ficando totalmente dependente das grandes transnacionais da biotecnologia. "Os produtos convencionais e ecológicos não são questionados no mercado internacional, como ocorre com os alimentos geneticamernte modificados. O lobby destas grandes empresas não pode nos forçar a abrir mão desta posição privilegiada", alerta.
"Temos que pautar as questões da geração de energia, da biodiversidade e da agroecologia como aspectos determinantes para a nossa sobrevivência. Este evento (Diálogos) é uma iniciativa pioneira do governo federal. Estamos construindo aqui um bom espaço de diálogo e de construção coletiva", avalia Correa.
A luta pela terra, na avaliação do representante da coordenação nacional do MST, já é uma luta pela busca da sustentabilidade. "O acesso aos recursos naturais por toda a humanidade é a única forma de preservar estes recursos. A reforma agrária, a agroecologia e o desenvolvimento sustentável são lutas que se complementam. Uma não existe sem a outra", explica.
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