LUCAS TOLENTINO
Um esforço mundial tem garantido que o chamado “buraco da camada de ozônio” diminua consideravelmente. A recuperação só foi possível depois que a comunidade internacional concordou em retirar, da indústria, substâncias destruidoras do ozônio. Esse acordo foi estabelecido em 1987 e hoje, 30 anos depois, a população mundial comemora a restauração da parte da atmosfera responsável por filtrar a radiação solar nociva aos seres vivos.
Pioneiro nesse processo, o Brasil prepara programação especial para marcar a data. Nesta sexta-feira (15/09), o Ministério do Meio Ambiente (MMA) promoverá, em Brasília, cerimônia para comemorar o Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio, celebrado internacionalmente em 16 de setembro, e os 30 anos do Protocolo de Montreal, acordo que controla a produção e o consumo das Substâncias Destruidoras do Ozônio (SDOs).
Os setores envolvidos discutirão as políticas brasileiras para a proteção da camada, os novos instrumentos de proteção a nível internacional e outros temas. Participarão dos debates representantes do MMA, do Ministério das Relações Exteriores (MRE), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Unido) do governo alemão e da iniciativa privada. Empresas receberão placas de reconhecimento pela participação nas ações de eliminação dos hidroclorofluorcabonos (HCFCs).
METRÔ
Como parte das atividades de comemoração dos 30 anos do Protocolo de Montreal, uma parceria foi realizada com os metrôs das cidades de São Paulo, Belo Horizonte, Salvador e Porto Alegre e com os trens urbanos de João Pessoa, Maceió, Natal e Recife para divulgação das ações de implementação do Protocolo de Montreal no Brasil e no mundo. Os carros e estações de metrôs e trens serão adesivados com informações sobre o Protocolo, a camada de ozônio e as ações desenvolvidas ao longo de três décadas para a eliminação das SDOs com o objetivo de informar e conscientizar a população em geral sobre o tema.
O país já cortou 16,6% do consumo dos HCFCs por meio do Programa Brasileiro de Eliminação da substância, o PBH. Em 2040, o composto será totalmente banido. Hoje, o PBH está na segunda etapa e com foco nos setores de refrigeração, ar condicionado e espumas usadas em produtos como poltronas, sofás e volantes de automóveis. O objetivo é auxiliar o segmento na transição e substituição dos HCFCs por alternativas ambientalmente adequadas.
SAIBA MAIS
A camada de ozônio protege a vida na Terra contra radiações ultravioletas, associadas a doenças como câncer de pele e danos à fauna e à flora. Em vigor desde 1987, o Protocolo de Montreal tem, hoje, a adesão de 197 países que trabalham para eliminar gradativamente substâncias nocivas ao ozônio. Entre elas, estão os clorofluorcarbonos (CFCs), antes encontrados em geladeiras, e os HCFCs.
O Brasil aderiu ao Protocolo em 1990 e, em 2010, zerou o consumo dos CFCs. Embora tenham menor potencial de destruição da camada de ozônio, os HCFCs também devem ser substituídos na indústria por outros compostos químicos. Além dos equipamentos de refrigeração e ar condicionado, os HCFCs são usados em espumas como as de colchões, estofados e volantes de carro.
Uma das principais e mais recentes alterações do Protocolo de Montreal foi aprovada no ano passado. A Emenda de Kigali – capital de Ruanda, onde foi assinada – incluiu os hidrofluorcarbonos (HFCs) na lista de substâncias controladas pelo Protocolo. Esses compostos não agridem o ozônio, mas apresentam elevado impacto ao sistema climático global.
SERVIÇO:
Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio
Data: 15 de setembro
Horário: A partir de 9h
Local: Auditório do anexo do Ministério do Meio Ambiente - SEPN 505 Norte, Bloco B, Ed. Marie Prendi, Brasília/DF
Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA)
(61) 2028-1227/ 1311/ 1437
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