WALESKA BARBOSA
O trabalho de voluntários na gestão das unidades de conservação (UCs) brasileiras será prioridade para o governo federal. A declaração foi feita nesta terça-feira (18/07) pelo ministro substituto do Meio Ambiente, Marcelo Cruz, na abertura do I Seminário de Voluntariado do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O início do evento marca o dia em que o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) completa 17 anos em vigor.
Com foco em experiências internacionais de voluntariado em áreas protegidas, o evento ocorrerá até a quinta-feira (20/07), em Brasília, como parte das comemorações dos 10 anos do ICMBio. O encontro reúne os envolvidos na gestão de programas de voluntariado do órgão. Entre eles, estão representantes de instituições parceiras e de órgãos estaduais e municipais de meio ambiente, além de professores e estudantes universitários.
O objetivo é discutir a relevância do trabalho voluntário no contexto internacional, promover trocas de experiências, inspirar novas adesões ao programa e reconhecer os gestores, voluntários e parceiros que vêm fazendo a diferença no apoio às UCs do Brasil e do exterior.
INVESTIMENTOS
O ministro substituto reforçou o apoio ao Programa de Voluntariado do ICMBio e ao fomento à captação de recursos externos para que o número de participantes cresça em todo o país. Marcelo Cruz destacou, ainda, os resultados apresentados no evento. “É um trabalho pioneiro de voluntariado no governo federal e demonstra eficácia e eficiência”, afirmou.
O presidente do ICMBio, Ricardo Soavinski, ressaltou que os resultados positivos do programa decorrem dos esforços da equipe responsável pelo trabalho, dos voluntários e dos parceiros. “Desde que assumi a presidência do Instituto, me encantei pelo programa. A reestruturação trouxe resultados muito rápidos”, afirmou.
Para Soavinski, é necessário estabelecer boas parcerias. “Para crescer e dar escala à iniciativa, temos que nos preparar mais e o seminário tem esse objetivo. A partir dele, vamos poder avaliar a nossa prática, ver experiências de outros lugares e estudarmos formas de aprimoramento”, completou.
De acordo com o presidente do ICMBio, o voluntariado tem se mostrado uma importante ferramenta de gestão em áreas protegidas e favorece a aproximação da sociedade com o meio ambiente, ampliando a conectividade esperada entre os cidadãos e os bens naturais.
O PROGRAMA
O Programa de Voluntariado do ICMBio teve início há cerca de sete anos. Em maio de 2016, a iniciativa foi reestruturada. A proposta foi torná-lo mais ágil, apostando nas ações coordenadas e buscando a captação de recursos e o estabelecimento de parcerias com outras instituições.
A partir de então, o programa ganhou novas diretrizes, como o fortalecimento de parcerias, mudança de coordenação e revisão da Instrução Normativa que rege a iniciativa. As linhas de atuação foram ampliadas e contemplam, agora, as áreas de administração, comunicação, consolidação territorial, gestão socioambiental, manejo para conservação, pesquisa e monitoramento, produção e uso sustentável, proteção ambiental e uso público e negócios, além de possibilitar o trabalho online.
Atualmente, 132 unidades organizacionais contam com o Programa formalizado e o número de voluntários chega a quase 2 mil. São parceiros da iniciativa o Instituto de Pesquisas Ecológicas (Ipê), o WWF Brasil e o Serviço Florestal dos Estados Unidos.
Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA): (61) 2028-1227
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