ELMANO AUGUSTO
Da Comunicação ICMBio
Ao abrir nesta quinta-feira (29/06) o I Fórum Nacional de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs), o presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ricardo Soavinski, considerou essas unidades “parceiras” do ICMBio na conservação da natureza.
“Precisamos muito de vocês”, disse ele, dirigindo-se aos donos de RPPNs presentes ao evento, que ocorre no auditório da sede do ICMBio, em Brasília. “A criação dessas reservas é um ato nobre, muito bonito, uma atitude de ser humano, de cidadão”, disse o presidente do Instituto.
O evento reúne cerca de 200 participantes, entre gestores governamentais, especialistas, representantes de organizações não governamentais e donos de terras. Durante todo o dia, eles discutem formas de apoio à criação e manutenção das RPPNs.
A solenidade de abertura contou com a presença do secretário de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente, José Pedro de Oliveira Costa, que lembrou dos debates que antecederam a criação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Snuc), nos anos 1990, quando as RPPNs eram um “sonho”.
Atualmente, ressaltou o secretário, as reservas particulares, além de se tornarem uma realidade, cumprem importante papel na proteção de ecossistemas ameaçados pela ação humana, complementando a função das unidades de conservação (UCs) mantidas pelo poder público.
De acordo com o secretário, o ministério, que acaba de criar um parque nacional e ampliar três outras unidades, já tem prontas propostas de implantação de 39 novas UCs. Parte delas vai compor o mosaico da Onça-Pintada, na Bahia, e outra parte corredores ecológicos, que têm nas RPPNs um forte elemento de conectividade.
PANORAMA NACIONAL
No seu discurso, o presidente do ICMBio destacou a importância dessa categoria de unidade de conservação, cuja criação é de iniciativa dos proprietários de terra, e traçou um panorama das RPPNs federais, supervisionadas e apoiadas pelo Instituto.
Segundo ele, existem hoje 666 reservas particulares federais distribuídas por todas as regiões, sendo que a maioria se concentra na Mata Atlântica, o bioma mais afetado pela ocupação humana na história do país.
Soavinski lembrou que, além de criar o Sistema Informatizado de Monitoramento de RPPN, o SIMRPPN, que tornou o processo de criação das reservas mais ágil e transparente, o ICMBio passou a oferecer treinamento presencial e à distância aos donos das reservas.
Nos treinamentos, que são conduzidos por técnicos do Instituto, os proprietários de RPPNs são orientados, entre outras coisas, a elaborar o plano de manejo da reserva, documento fundamental para balizar os diversos tipos de utilização da área.
Nesse sentido, enfatizou o presidente, o ICMBio tem estimulado o uso público das RPPNs, por meio de atividades de educação ambiental, recreação na natureza e, principalmente, ecoturismo, que gera emprego e renda nas regiões onde ficam as reservas, geralmente áreas rurais de baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
“O uso público valoriza as RPPNs, oferece espaços para boas experiências na natureza, põe as pessoas em contato direto com o ambiente natural, além de proporcionar o desenvolvimento regional”, afirmou.
Assessoria de Comunicação do ICMBio: (61) 2028-9280
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