WALESKA BARBOSA
As consequências de questões ambientais sobre as populações foi tema de conversa entre o secretário de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Edson Duarte, e o diretor regional do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) para América Latina e o Caribe, Esteban Caballero.
Na reunião foram discutidos aspectos do projeto de cooperação técnica Dinâmica de Populações e as Implicações para o Planejamento Sustentável, que visa desenvolver elementos para aperfeiçoar a política ambiental, que considerem o impacto da dinâmica populacional, bem como os princípios para um planejamento estruturado e bem definido do uso e ocupação do solo e o fornecimento de serviços básicos. O acordo tem como parceiros além da UNFPA e do MMA, a Agência Brasileira de Cooperação (ABC/MRE).
O projeto está na terceira etapa, voltada a estudos que forneçam argumentos-chave sobre o impacto da dinâmica populacional na agenda de sustentabilidade no Brasil e sobre as discussões entre dinâmica populacional e meio ambiente. Na segunda etapa, o objetivo foi a análise do panorama internacional e a construção de cenários prováveis para embasar o aperfeiçoamento da política ambiental brasileira. Na primeira, o foco foi a realização de estudos para servir de subsídios às discussões da Rio+20.
PARCERIA ESTRATÉGICA
Para Edson Duarte, a uma parceria com o Fundo é estratégica. “As questões ambientais influenciadas sobretudo pelo clima têm causado consequências às populações. Nós já percebemos fluxos migratórios que estão se acentuando em várias regiões do país e eles não só impactam na qualidade de vida das pessoas como também causam impactos ambientais”, afirmou.
Ele acrescentou que o assunto interessa muito ao ministério ao promover a discussão, estudos e conhecimento sobre as populações, sua qualidade de vida e dinâmicas. “Esse material serve como instrumento de planejamento estratégico para as nossas ações, nossas políticas socioambientais”, disse.
Segundo Esteban Caballero a agenda de pesquisas englobada pelo projeto toca em um ponto estratégico e muito atual que é a relação entre população e meio ambiente em diferentes contextos, urbano, municipal, agrícola. “Se não os colocarmos na mesa vamos ter um desenvolvimento sustentável que não leva em consideração o fator populacional, central para que sigamos nos desenvolvendo, mas com padrões de produção e consumo sustentáveis”, disse.
Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA): (61) 2028-1227
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