LETÍCIA VERDI
Enviada especial a Belém
A final da Copa Verde 2017 balançou o estádio do Mangueirão em Belém (PA), na noite desta terça-feira (16/05). Para a decepção dos 28 mil torcedores presentes, o time da casa, Paysandu, não levou o título. Luverdense, time do Mato Grosso, recebeu da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) o troféu verde - uma muda de siriguela, típica do Centro-Oeste, dentro de um vaso biodegradável, que será plantada na sede do clube.
O campeonato começou em fevereiro e envolveu 18 times de estados da Amazônia Legal – região Norte e Centro-Oeste e o estado do Espírito Santo. Representando o Ministério do Meio Ambiente, o secretário executivo do MMA, Marcelo Cruz lembrou que a Copa Verde congregou os estados do chamado cinturão do desmatamento numa inciativa que uniu esporte e cidadania. “Se conseguirmos, com essas e outras ações, reforçar que é possível haver agricultura com floresta em pé e produção sustentável, teremos atingido nosso objetivo”, afirmou.
As mascotes Arara Vermelha e Labareda, o tamanduá bandeira do Prevfogo, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), levaram colorido e descontração ao campo.
Traféus entregues ao time vencedor: um tradicional e outro "vivo", uma muda de siriguela
CARTÃO VERDE
De acordo com Marcelo Cruz, o ministro Sarney Filho vislumbrou a possibilidade de disseminar as políticas ambientais a partir do futebol ao assinar o protocolo de intenções com a CBF. “A ideia é estender esse viés a todos os campeonatos da entidade. A questão ambiental tem uma essência positiva que pode ser ampliada ao fairplay no jogo em campo”, afirmou.
Uma das inovações da Copa Verde foi a criação do cartão verde, que ao invés de punir, reconhece o jogador que não faz falta, não briga; ao contrário, joga bonito e tem uma postura de respeito com o adversário.
SUSTENTÁVEL
As temáticas ambientais mais urgentes, como reflorestamento, enfrentamento da crise hídrica e gestão de resíduos sólidos estiveram representadas no campeonato pelos ingressos com papel-semente, concurso de redação e acordo com cooperativas de catadores. A Copa Verde, que concluiu a sua quarta edição, é a primeira competição de futebol do mundo com condicionantes de sustentabilidade e promete mais novidade para o ano que vem.
Ao final do jogo, catadores de materiais recicláveis com camisetas escritas “lixo zero” recolheram descartáveis, latas e embalagens de papelão espalhadas pelo estádio. No total, serão recicladas 3,5 toneladas de resíduos sólidos gerados durante os jogos, sendo 2,5 toneladas de garrafas pet que foram trocadas por 14 mil ingressos em máquinas próprias.
Secretário executivo do MMA, Marcelo Cruz, com os catadores que atuaram no estádio
CONCURSO
As alunas do 9º ano do ensino fundamental Thicia Vitória Cardoso do Nascimento e Natali Paula Maciel de Almeida, de 14 anos, de Cuiabá (MT) e Belém (PA), foram as vencedoras do concurso de redação e vídeo sobre o tema rios voadores. Natali contou que soube na escola do concurso e logo se interessou e começou a pesquisar o tema na internet e em livros. “Quando vi o resultado, comecei a pular de alegria”, contou. Thicia diz que o concurso trouxe uma experiência muito importante para a sua vida. “Acho que consegui passar no vídeo o que são os rios voadores”, afirmou.
As vencedoras do concurso receberam, cada uma, do secretário executivo do MMA, uma camisa da seleção brasileira e a participação garantida no Fórum Mundial da Água que acontecerá em Brasília, em março de 2018. Também estavam presentes na premiação o vice-presidente da CBF, coronel Nunes, e a secretária de Esporte e Lazer do estado do Pará, Renilce do Espírito Santo.
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Fotos: Gilberto Soares/MMA
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