LUCAS TOLENTINO
As ações brasileiras para frear o aquecimento global terão a atuação do setor privado. O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, recebeu nesta terça-feira (11/04) apoio do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) para estabelecer uma economia de baixo carbono em território nacional. A entidade apresentou, ainda, pesquisa com oportunidades para a iniciativa privada adotar um modelo produtivo de baixa emissão de gases de efeito estufa, substâncias responsáveis pela mudança do clima.
A integração entre o governo e o setor privado, segundo Sarney Filho, será fundamental para o cumprimento das metas brasileiras no contexto do Acordo de Paris, pacto mundial para conter o aumento da temperatura média do planeta. “Fico muito satisfeito com a disposição de trilharmos juntos esse caminho”, declarou o ministro. Sarney Filho destacou a importância do empresariado na agenda climática. “Essa parceria é muito importante e tem muita força”, acrescentou.
Os representantes do setor privado defenderam a ambição para transformar o alcance das metas brasileiras em oportunidades de desenvolvimento. A presidente do CEBDS, Marina Grossi, abordou questões ligadas a financiamento e listou setores como o de energia renováveis, que são apostas de negócios para os empresários. “O Conselho é um laboratório para as empresas avançarem nos temas ligados à sustentabilidade”, explicou.
INOVAÇÃO
O estudo apresentado pelo CEBDS aborda “Oportunidades e desafios da NDC Brasileira para o setor empresarial”. A NDC representa a meta brasileira para fazer a sua parte frente à mudança do clima. A partir disso, a pesquisa levanta áreas em que o empresariado pode atuar. Entre elas, estão investimentos em inovação e eficiência. “O Brasil pode ser o grande potencial dessa economia de baixo carbono”, afirmou o diretor de Sustentabilidade da Braskem, Jorge Soto.
O governo tem trabalhado para integrar todos os setores, desde a iniciativa privada até a sociedade civil. Além de uma consulta pública à população aberta até 30 de junho, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) organiza diálogos estruturados e reuniões com todos os envolvidos. “O importante é assegurar que os instrumentos, de fato, resultem na redução de emissões”, ressaltou o secretário de Mudança do Clima e Florestas do MMA, Everton Lucero.
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