LETÍCIA VERDI
A programação do Dia Mundial da Água continuou na tarde desta quarta-feira (22/03) com palestra sobre o processo de dessalinização da água salobra em Israel e mesa de debate sobre sustentabilidade e participação social. O evento aconteceu no auditório Ipê Amarelo, na sede do Ministério do Meio Ambiente, em Brasília, com lotação esgotada.
O palestrante Oded Distel, diretor do Programa Nacional de Água e Energia Renovável de Israel, falou sobre o sistema inovador implantado no país do Oriente Médio. Para atender a necessidade da população, o governo usa plantas dessalinizadoras. “Essas plantas fornecem 70% da água para consumo doméstico em Israel”, afirmou.
Outra ação destacada por ele é a constante campanha de conscientização, inclusive entre as crianças, para que a sociedade economize água constantemente.
Segundo prognósticos da Organização das Nações Unidas citados pelo diretor israelense, em 2050, 66% da população mundial vai sofrer com a escassez de água potável. “O desafio é muito grande para todos”, enfatizou. Na ocasião, Oded Distel convidou o público para a conferência Watec 2017, que acontecerá em Tel Aviv entre 12 e 14 de setembro.
PARTICIPAÇÃO SOCIAL
A primeira mesa de debates da tarde teve como tema Sustentabilidade e Participação Social e contou com a participação do secretário de Meio Ambiente do governo do Distrito Federal, André Lima, do gerente nacional de Água da The Nature Conservancy (TNC), Samuel Barreto, e do diretor-executivo do Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre), André Vilhena.
O moderador da mesa, André Vilhena, destacou os 25 anos do Cempre, organização mantida por empresas privadas de diversos setores, que tem por objetivo conscientizar a sociedade brasileira sobre a importância da redução, reutilização e reciclagem de lixo dirigidos principalmente a formadores de opinião, como prefeitos, diretores de empresas, acadêmicos e organizações não-governamentais.
“Trabalhamos desde 1992 com gerenciamento de resíduos sólidos e já vimos alguns avanços de lá para cá. O Distrito Federal ter acabado com o maior lixão da América Latina certamente foi um deles”, ressaltou.
Samuel Barreto reconheceu o quanto se avançou desde 1988 na legislação ambiental e de águas. Contudo, apontou para o grau de vulnerabilidade das bacias hidrográficas. Citou as publicações da TNC sobre mananciais e sobre coalizão de cidades pela água como contribuição da entidade sobre o tema.
O secretário de Meio Ambiente do governo do Distrito Federal, André Lima, lançou uma questão para debate: como integrar a gestão territorial com a gestão de recursos hídricos? Ele falou da crise hídrica do DF e de como, na realidade, é consequência de mau planejamento acumulado. André Lima convidou os presentes a participarem da Virada do Cerrado deste ano, com o tema água, evento que acontece em Brasília para conscientizar a população sobre as questões ambientais.
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