ELIANA LUCENA
No Dia da Restauração de Ecossistemas e da Paisagem Florestal, evento realizado na 13ª Conferência das Partes (COP 13) da Convenção sobre Diversidade Biológica, em Cancun, no México, o Brasil apresentou como vem conduzindo o processo de elaboração do Plano Nacional de Recuperação de Vegetação Nativa (Planaveg).
A apresentação foi feita pelo diretor de Conservação de Ecossistemas do MMA, Carlos Alberto Scaramuzza. Ele ressaltou a importância da adesão do governo brasileiro às iniciativas internacionais de restauração florestal, como o Desafio de Bonn e a Iniciativa 20x20, anunciada pelo ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, na abertura da COP 13.
Durante a apresentação no evento paralelo (side event), organizado pela Collaborative Partnership on Forests (CPF) na terça-feira (13/12), foram destacados os resultados preliminares do estudo sobre identificação de áreas prioritárias para restauração da Mata Atlântica, realizado em parceria com o Instituto Internacional para Sustentabilidade (IIS), sobre custos de restauração (em parceria com TNC e IPEA) e sobre cenários do potencial de recuperação e regeneração natural da vegetação nos biomas brasileiros, em parceria com a World Resources Institute (WRI) e a Agência Internacional de Cooperação Alemã (GIZ).
O objetivo do Planaveg é ampliar e fortalecer as políticas públicas, incentivos financeiros, mercados, boas práticas agropecuárias e outras medidas necessárias para a recuperação da vegetação nativa de, pelo menos, 12,5 milhões de hectares, nos próximos 20 anos.
Nesse processo se enfatizou a importância da formação de grupos de trabalho colaborativos, com a presença de especialistas acadêmicos, organizações da sociedade civil e órgãos governamentais para gerar respostas rápidas a questões emergentes e fornecer posições científicas para apoiar a tomada de decisão.
AÇÕES EM TODO O MUNDO
Um dos objetivos do evento paralelo foi partilhar experiências e iniciativas nacionais e regionais de planejamento, coordenação e implementação de ações de restauração ao redor do mundo, visando o aprendizado mútuo e o alcance das metas de restauração de forma coordenada.
Ao mesmo tempo foi discutido o conceito de "restauração inteligente dos ecossistemas e do clima", aproveitando as opções de financiamento climático dentro do planejamento e implementação das ações de restauração florestal.
Foram, ainda, apresentadas metodologias replicáveis de avaliação das oportunidades e monitoramento do impacto das ações de restauração, para avaliar benefícios em termos de biodiversidade, serviços ecossistêmicos e resiliência climática; e discutida a importância das parcerias no apoio à restauração de ecossistemas e o papel da Collaborative Partnership on Forests na construção de coerência entre elas.
Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA): (61) 2028-1227
Redes Sociais