WALESKA BARBOSA
O ministro substituto do Meio Ambiente, Marcelo Cruz, apresentou as ações da pasta no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, do vírus Zika e da febre chikungunya, e reforçou a necessidade de engajamento de todas as esferas do governo para lidar com a questão.
Na tarde desta sexta-feira (02/12), dia em que foi lançada a Campanha de Mobilização Nacional contra o Mosquito, Marcelo Cruz ministrou uma palestra na Superintendência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em São Luís, capital do Maranhão.
“O Ministério do Meio Ambiente apoia a política do tratamento de resíduos sólidos e da coleta seletiva, por meio da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Entendemos que essa é a contribuição do meio ambiente já que a destinação inadequada dos resíduos favorece a proliferação dos criadouros dos mosquitos. É questão ambiental e de saúde também”, afirmou.
O ministro substituto lembrou que o meio urbano é alvo de campanhas, mas que os cuidados com as unidades de conservação brasileiras também são importantes para evitar o avanço da infestação no Brasil.
Durante a palestra, ele apresentou vídeos produzidos pelo Ministério da Saúde com testemunhos de pessoas que já sofreram com as doenças transmitidas pelo vetor e afirmou que, mais do que palavras, as experiências de dor e perdas apresentadas servem para dar uma dimensão do potencial do mosquito. Por isso, é importante o compromisso de cada cidadão em combatê-lo.
“Este é o começo da campanha, mas ela é permanente. A situação é de emergência permanente. Ou se combate o mosquito ou ele acaba com a gente”, enfatizou.
A mobilização foi marcada pela entrega, por parte do governo federal, de oito veículos destinados às ações de combate ao mosquito. Quatro deles são para uso da Secretaria Estadual de Saúde. Já as prefeituras de Alto Alegre do Maranhão, Barra do Corda, Turiaçu e Miranda do Norte receberam uma unidade.
PALESTRA
A diretora de Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Zilda Veloso, fez uma palestra sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Entre os pontos tratados, ela destacou a relação entre os resíduos e a incidência do mosquito. “No Brasil, 59% dos municípios ainda têm lixões a céu aberto”.
Para diminuir o acúmulo, ela sugere a mudança de hábitos da população e investimentos em educação ambiental, a capacitação de gestores e o compartilhamento da responsabilidade na gestão dos resíduos.
Ela falou do andamento de alguns instrumentos previstos na Lei Nacional, como os acordos setoriais, e apresentou oportunidades que os municípios, responsáveis pela gestão de resíduos sólidos urbanos, têm de implementar políticas públicas na área.
Zilda falou como vem sendo tratada a destinação de resíduos que contribuem para a proliferação do mosquito, como pneus e restos de construção e demolição.
Como parte da programação da Campanha Nacional contra o Mosquito, ela visitou uma unidade Superintendência de Limpeza de São Luís, que recolhe pneus e os vende para uma cooperativa de reciclagem, a Reciclanip. O secretário de Recursos Hídricos no MMA, Jair Tannus, também participou da agenda.
Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA): (61) 2028-1227
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