Ir direto para menu de acessibilidade.
Página inicial > InforMMA > Acordo climático priorizará povos vulneráveis
Início do conteúdo da página

Notícias

Acordo climático priorizará povos vulneráveis

Na abertura da COP 22, no Marrocos, líderes mundiais defendem medidas para populações de áreas mais afetadas pelo aquecimento do planeta. 

Publicado: Segunda, 07 Novembro 2016 16:30
Crédito: Gilberto Soares/MMA Abertura da 22ª Conferência sobre Mudança do Clima Abertura da 22ª Conferência sobre Mudança do Clima

LUCAS TOLENTINO
Enviado especial a Marrakech

Mais de 190 países definirão nas próximas duas semanas os detalhes do acordo mundial que tem como desafio frear o aquecimento do planeta. A 22ª Conferência das Partes (COP 22) sobre mudança do clima começou nesta segunda-feira (07/11) em Marrakech, Marrocos, e dará atenção especial às populações mais expostas aos efeitos do aumento da temperatura média global. Na Cúpula, o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, chefiará a delegação brasileira e defenderá questões como adaptação e financiamento. Um espaço montado pelo governo federal divulgará as ações ambientais brasileiras durante o evento.

Veja fotos aqui

O principal objetivo da Conferência é regulamentar o Acordo de Paris, concluído no fim do ano passado e já em vigor desde a sexta-feira passada (4/11). O presidente do COP 22, o ministro de Relações Exteriores do Marrocos, Salaheddine Mezouar, destacou a necessidade de ação imediata com foco nas pessoas que vivem em áreas mais suscetíveis a eventos climáticos. “É preciso direcionar o trabalho para as populações mais vulneráveis”, declarou. “Vamos mostrar consistência nessa agenda”, acrescentou.

FLORESTA

Líder na agenda climática, o Brasil entra otimista na COP 22. O diretor de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Adriano Santhiago, destacou a queda de 78% no desmatamento entre 2015 e 2004, ano de implementação do plano de controle do corte ilegal de árvores na Amazônia. “Vamos fortalecer essas ações e promover um maior aproveitamento econômico da floresta”, explicou. Segundo ele, medidas nas áreas de energias renováveis, indústria e ciência também estão em curso.

A participação de todos os setores da sociedade será fundamental para o cumprimento das metas brasileiras. “Esse é um esforço do país, incluindo governo, setor privado, organizações não-governamentais e academia”, afirmou. Santhiago acrescentou que o momento é favorável para redefinir os modelos produtivos do país e do mundo. “É a oportunidade de agirmos em termos de transformação tecnológica, recursos renováveis, eficiência energética e agricultura”, exemplificou.

ÁFRICA

Por estar ocorrendo no Marrocos, no norte da África, esta edição da Conferência das Partes promete dar destaque ao continente. Presidente da edição anterior da COP, que ocorreu em Paris, a ministra do Meio Ambiente da França, Segolene Royal, destacou que os países africanos estão entre os mais mobilizados e criativos frente à mudança do clima. “Uma corrida contra o tempo está a nossa frente”, alertou. “Não vamos reproduzir os mesmo erros do passado em relação ao processo industrial.”

Os desafios que a comunidade internacional terá pela frente também foram lembrados. A secretária-executiva da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), Patricia Espinosa, declarou que as metas anunciadas pelos países precisam ser incorporadas às políticas nacionais. Além disso, segundo ela, é preciso avançar em relação ao financiamento internacional das medidas. “Nosso trabalho já começou, mas ainda está longe de terminar”, resumiu.

SAIBA MAIS

Com o objetivo de manter o aumento da temperatura média global a bem abaixo de 2ºC em relação aos níveis pré-industriais e garantir esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5ºC, o Acordo de Paris instituiu um processo com metas individuais de cada país para a redução de emissões de gases de efeito estufa. Nesse contexto, o Brasil comprometeu-se a reduzir 37% das emissões até 2025, com indicativo de cortar 43%, até 2030.

Apesar de ser um fenômeno natural, o efeito estufa tem aumentado nas últimas décadas e causado mudança do clima. Essas alterações decorrem do aumento descontrolado das emissões de gases como o dióxido de carbono e o metano. A liberação dessas substâncias na atmosfera ocorre por conta de diversas atividades humanas, entre elas o transporte, o desmatamento, a agricultura, a pecuária e a geração e o consumo de energia.

 

MATÉRIA RELACIONADA:

Clima: Brasil busca soluções para economia

 

 

Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA): (61) 2028-1227

Fim do conteúdo da página