PAULENIR CONSTÂNCIO
O secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental, Everton Lucero, lançou nesta sexta-feira (16/09) a segunda etapa do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH), substâncias que contribuem para o aumento do buraco na camada de ozônio. A meta é reduzir em 51,6%, até 2021, o uso pela indústria dessas substâncias químicas. Com isso, será protegida a camada de gás que protege o planeta dos raios ultravioletas.
Pelo Protocolo de Montreal, acordo internacional para eliminação do consumo de substâncias que destroem a camada de ozônio, os países em desenvolvimento se comprometem a reduzir o consumo da substância em 35 % até 2020. “A meta brasileira é ambiciosa e esperamos repetir o sucesso alcançado na primeira etapa, que reduziu em 22%, enquanto o previsto era 16,6%”, avaliou Lucero. Nos próximos cinco anos, serão investidos cerca de 35,9 milhões de dólares, em recursos aprovados pelo Fundo Multilateral para Implementação do Protocolo de Montreal, para a conversão de processos industriais que utilizam os HCFCs nos setores de manufatura de espumas de poliuretano e de equipamentos de refrigeração e ar condicionado e para a capacitação do setor de serviços em refrigeração.
O lançamento foi feito em cerimônia no Ministério do Meio Ambiente (MMA) em comemoração ao Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio, instituído pela Organização das Nações Unidas. O secretário ressaltou que a experiência do PBH brasileiro é reconhecida internacionalmente. “Esperamos seguir o exemplo em outros acordos internacionais, como o de redução dos gases de efeito estufa (Acordo de Paris)”, afirmou.
SUBSTITUIÇÃO
Os HCFCs (hidroclorofluorcarbonos) substituíram os CFCs, banidos desde 2010, nos aparelhos de refrigeração e ar condicionados e nos processos de expansão da espuma de poliuretano. Embora menos nocivos à camada de ozônio é preciso eliminá-los, além disso agravam o aquecimento global, pois são substâncias de efeito estufa.
Com relação ao consumo de HFCs (hidrofluorcarbonos), gases de efeito estufa utilizados em substituição aos CFCs e HCFCs, o “efeito colateral” exige que se busque sua redução gradativa. A medida requer mudanças no texto do Protocolo de Montreal. Em outubro, na próxima reunião das Partes do acordo em Kigali, Ruanda, será proposto um emenda para ampliar os esforços mundiais nesse sentido.
PRÊMIO
O MMA premiou 28 empresas que aderiram, com sucesso, ao PBH. A placa comemorativa foi entregue às corporações por Everton Lucero, como reconhecimento ao esforço na mudança de seus processos industriais, eliminando o HCFC. “O êxito do PBH não seria possível sem o engajamento da sociedade e do setor produtivo”, ressaltou o secretário. A homenagem será enviada às empresas que não puderam comparecer à solenidade.
As agências implementadoras do PBH no Brasil são o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a Organização Unida para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO) e Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável por meio da GIZ. O PBH conta ainda como a parceria do Serviço Nacional da Indústria (SENAI) e do Serviço Nacional do Comercio (SENAC) na capacitação dos profissionais que lidam com a utilização dos HCFCs.
Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA): (61) 2028-1227
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