MARTA MORAES
Vinte e duas instituições foram homenageadas, nesta sexta-feira (17/06), em Brasília, pelo Prêmio internacional Dryland Champions, promovido pela Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD, sigla em inglês), em parceria com o Ministério do Meio Ambiente (MMA). Além delas, receberam o certificado Dryland Champions, os fotógrafos João Vital e Bárbara Mafra, por seus trabalhos voltados para retratar a vida na Caatinga.
O programa é destinado a homenagear inciativas (pessoas, organizações governamentais e empresas) que contribuem para o manejo sustentável de terras, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida das populações e as condições dos ecossistemas afetados pela desertificação e a seca.
O evento foi realizado pelo MMA, em parceria com a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), para marcar o Dia Mundial de Combate à desertificação, 17 de junho, data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) para promover a conscientização sobre o problema, que atinge 42% das terras do planeta e 35% da população mundial.
RECONHECIMENTO
Entre as instituições certificadas neste ano, estão o Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Campo (MTC BRASIL); a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), a Associação Comunitária dos Produtores Rurais São Sebastião (ACPRUS); o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS), a Caixa Econômica Federal e o Serviço Florestal Brasileiro (SFB), entre outras.
Nesta edição, o programa Dryland Champions premiou projetos que contribuem para o manejo sustentável de solos nas áreas suscetíveis à desertificação no Brasil. Sob o slogan “Proteger a Terra. Restaurar os Solos. Envolver as pessoas”, a UNCCD defende a importância da cooperação inclusiva para restaurar e recuperar terras degradadas e contribuir para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
PARTICIPAÇÃO
A entrega dos certificados foi feita pelo secretário executivo da Comissão Nacional de Combate à Desertificação (CNCD), Francisco Campello; pelo secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do MMA, Ricardo Soavinski (representando o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho); e pelo coordenador geral do Programa Água Doce do MMA, Renato Ferreira.
Participaram também do evento o presidente do Grupo de Trabalho de Revitalização da Bacia do São Francisco, Irani Braga Ramos, representando o Ministério da Integração Nacional; o diretor de revitalização de Bacias Hidrográficas da Codevasf, Eduardo Jorge de Oliveira; o representante da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) no Brasil, Alan Boujanic; e a secretária interina de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do MMA, Juliana Simões.
BOAS PRÁTICAS
Em sua fala, Francisco Campello destacou as ações concretas e estratégicas do MMA para a implementação de boas práticas adaptadas e mitigadoras dos efeitos da seca. Entre as ações, está a promoção da segurança alimentar, hídrica e energética e a conservação da paisagem, o que resulta na convivência sustentável com a semiaridez no Brasil.
Segundo o secretário da SRHU, Ricardo Soavinski, o MMA vem trabalhando de forma integrada para suprir as carências da população do Semiárido nordestino, como na questão de acesso à água para beber de qualidade, com o Programa Água Doce.
Em homenagem à data e à Caatinga, em sua fala, a secretária interina da SEDR, Juliana Simões declamou o poema O Sertão, de Patativa Assaré: “Sertão, argúem te cantô, eu sempre tenho cantado, e ainda cantando to. Pruquê, meu torrão amado, munto te prezo, te quero. E vejo qui os teus mistéro. Ninguém sabe decifrá. A tua beleza é tanta, qui o poeta canta, canta, e inda fica o qui cantá”.
Para Vanúbia de Olveira, indicada para receber o prêmio pela Comissão pastoral da Terra (CPT), só democratizando a terra é possível preservar o meio ambiente.
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Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA): (61) 2028-1227
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