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Alternativa para os resíduos orgânicos

ESPECIAL SEMANA DO MEIO AMBIENTE// Cláudio Spínolla fala sobre projeto que estimula práticas de compostagem doméstica com envolvimento de famílias paulistanas.

Publicado: Sexta, 03 Junho 2016 18:00
Crédito: Divulgação Claudio: sustentabilidade desde 2004 Claudio: sustentabilidade desde 2004

LUCIENE DE ASSIS e RAPHAEL FELICE

A natureza é sábia. Por si só, transforma tudo o que lhe cai nas teias. Mas não custa nada ao homem dar uma mãozinha e colocar sua inteligência a serviço da renovação da vida, como é o caso da compostagem de resíduos orgânicos. “Esta é a proposta”, confirma o artista plástico Cláudio Spínolla, criador da entidade Morada da Floresta e autor do Projeto Composta São Paulo, destinado a estimular a compostagem doméstica entre os moradores da capital paulista.

Cláudio Spínolla é um dos palestrantes da conferência "Ideias que merecem ser disseminadas", realizada nesta sexta-feira (3/6) pela programação da Semana do Meio Ambiente, promovida pelo Ministério do Meio Ambiente.

Como educador e articulador socioambiental, Cláudio Spínolla se dedica, desde 2004, a atividades voltadas à sustentabilidade. E adotou essa filosofia de vida como fonte de inspiração para os cursos e palestras que ministra sobre os sistemas de decomposição de material orgânico, desenvolvidos para pequenos, médios e grandes geradores desse tipo de resíduo.

SUSTENTABILIDADE

Além de oferecer consultoria em gestão de resíduos, o diretor da Morada da Floresta, mesmo sendo artista plástico, decidiu assumir novos desafios. A pergunta é: por que resolveu seguir por esse caminho? Cláudio responde: “Foi por uma necessidade interna. Eu conheci a permacultura (um sistema voltado para a criação de ambientes humanos sustentáveis e produtivos em equilíbrio e harmonia com a natureza) em 2008 e ela transformou a minha vida”. E revela: “Eu percebi que tinha de ter práticas sustentáveis no meu dia a dia”.

Ele conta que morava numa casa alugada e começou a plantar e compostar ainda em 1999 e, a partir daí,”nunca mais parei e senti que poderia fazer mais”. Foi assim que surgiu a instituição Morada da Floresta: “Eu precisava compartilhar esse conhecimento e passei a ensinar, a fazer vídeos, a mostrar como se faz compostagem”.

Esse processo biológico de valorização da matéria orgânica deu tão certo que Spínolla decidiu ousar e criou o Projeto Composta São Paulo. A proposta, que já está em curso, é uma composteira doméstica em 2,5 mil domicílios da cidade de São Paulo, de perfis diferenciados. Os selecionados participaram de oficinas de compostagem e plantio, “gerando informações e aprendizados capazes de impulsionar e fomentar a elaboração de uma política pública que estimule a prática da compostagem doméstica entre os paulistanos”, explica o fomentador da ideia.

MATERIAL ORGÂNICO

A proposta do artista plástico brasiliense, Cláudio Spínolla, é reaproveitar o material orgânico, que corresponde a mais de 50% dos resíduos descartados nas cidades, como restos de comida e podas de jardim. O problema é que, na maioria dos casos, esse tipo de material descartado acaba fazendo ainda mais volume nos lixões e aterros sanitários, lamenta Spínolla. “Geralmente, o resíduo orgânico está fora do radar dos consumidores, das ações das empresas e das políticas de governo”, insiste.

E utiliza essas informações para fazer um alerta: “As possibilidades de ganhos futuros são muito promissoras, por isso decidi mostrar as vantagens de se reciclar os resíduos orgânicos ainda no seu local de origem, as residências”. Não é por acaso que a empresa Morada da Floresta se tornou uma aposta rentável, a partir da transformação dos restos de cozinha e das podas de jardim em adubo orgânico. Hoje, diz Cláudio, “por baixo, acredito que mais de dez mil famílias passaram a fazer compostagem em São Paulo”.

 

 

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