RENATA MELIGA
O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, se comprometeu a viabilizar para todos os biomas do País os mesmos instrumentos que atualmente são utilizados no controle e monitoramento do desmatamento da Amazônia brasileira. A afirmação foi feita no dia em que a Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) divulgaram os novos dados do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, referentes ao período de 2014 a 2015.
O estudo aponta aumento de 1% do desmatamento no bioma, comparado ao mesmo período do ano anterior, quando foram desmatados 18.267 hectares, frente a 18.433 hectares divulgados hoje. O ministro elogiou a atuação da SOS Mata Atlântica no trabalho de preservação e recuperação das florestas nativas e lembrou que só restam 7% do bioma. Sarney Filho reconheceu a dedicação e a qualidade do trabalho realizado pela Fundação e destacou a importância da Lei da Mata Atlântica, sancionada em 2006.
De acordo com o Atlas, em sete dos 17 Estados da Mata Atlântica, a taxa de perda está no nível de desmatamento zero, com menos de 100 hectares. É o caso de São Paulo (45 ha), Rio de Janeiro (27 ha) e Ceará (3 ha). No entanto, o número é menor comparado ao último levantamento, quando nove estados atingiram esse patamar. “Em muito nos preocupa a queda no número de estados que apresentaram desmatamento zero, além do aumento do desmatamento em estados que apresentavam queda em anos anteriores”, afirmou o ministro.
Já o estado de Minas Gerais, que apresenta grandes áreas de remanescentes florestais, voltou a liderar o ranking de desmatamento do bioma. “Precisamos apoiar ações voltadas ao desmatamento zero na Mata Atlântica, considerado que é o mais rico em biodiversidade do planeta, e fundamental para que situações catastróficas, como a crise hídrica que se abateu recentemente no País”, lembrou o ministro.
Edição: Alethea Muniz
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