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Encontro avalia projetos na Caatinga

Ao todo, sete iniciativas receberam apoio de R$ 6 milhões para ações de redução do desmatamento e uso sustentável do bioma.

Publicado: Terça, 17 Maio 2016 17:30
Crédito: Jorge Cardoso/MMA Fogão ecológico: menor impacto Fogão ecológico: menor impacto

MARTA MORAES

Encontro realizado nesta terça-feira (17/05), em Brasília, fez um balanço das ações desenvolvidas no bioma Caatinga pelas instituições selecionadas no Edital 01/2011, parceria do Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA) com o Fundo Socioambiental Caixa.

Veja fotos da reunião

O edital selecionou iniciativas de sete instituições com o intuito de promover o uso sustentável do bioma Caatinga: Sergipe Tec; Fundação Araripe, ONGs Caatinga e Agendha, Sema Manejo e Sema Eficiência Energética. O edital foi promovido a partir de três enfoques: fortalecimento do manejo florestal comunitário e familiar; eficiência energética para a sustentabilidade na produção de insumos da construção civil; e construção de fogões eficientes.

O FNMA entrou com a experiência técnica para escolher temas e selecionar projetos, tarefa executada em parceria com a secretarias e vinculadas do Ministério do Meio Ambiente (MMA). Já o Fundo Socioambiental da Caixa é responsável pelo repasse dos recursos e controle financeiro.

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

No total, sete projetos receberam apoio de R$ 6 milhões do Fundo Socioambiental da Caixa, com mais R$ 2 milhões de contrapartida das instituições. Segundo a diretora do FNMA, Ana Beatriz de Oliveira, o foco desta agenda, que começou efetivamente em 2012, é trabalhar com ações para a redução do desmatamento na Caatinga por meio do apoio ao uso da lenha de forma mais eficiente e sustentável, tanto para a produção industrial como para a utilização doméstica.

O objetivo da reunião foi fazer um balanço dos projetos que já estão em fase final de conclusão, e aqueles que estão caminhando para a finalização, principalmente para entender como estava o projeto antes dos investimentos e os próximos passos das iniciativas a partir do apoio dos fundos do Meio Ambiente e da Caixa.

Para o diretor de Desenvolvimento Rural e Combate à Desertificação do MMA, Francisco Campello, todos são projetos simples, mas extremamente referenciais dentro do quadro de mudanças climáticas, buscando-se alternativas de inclusão produtiva e promoção do desenvolvimento regional.

“As ações buscam a qualificação do setor produtivo gesseiro e cerâmico da região, melhoria da eficiência energética, apoio para manejo florestal comunitário, e a implantação de fogões ecológicos”, detalhou. Aspectos que dialogam com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e com os compromissos assumidos no Acordo de Paris, em dezembro de 2015.

FOGÕES AGROECOLÓGICOS

O projeto da ONG Caatinga, por exemplo, apoiou com recursos dessa iniciativa a construção de 550 fogões agroecológicos, beneficiando famílias do semiárido brasileiro no Piauí e Pernambuco. Paulo Pedro de Carvalho, coordenador geral da ONG Caatinga, explicou que esta é uma tecnologia social baseada, principalmente, na construção coletiva envolvendo as famílias e pedreiros da região.

Já a iniciativa que aborda o polo gesseiro do Nordeste visa criar um protocolo de produção para dar mais eficiência no sistema e promover um pacto do setor sobre a matriz energética. No âmbito do projeto da Fundação Araripe, foram realizados diagnósticos, formações técnicas e planos de sustentabilidade com as empresas. “Um dos objetivos é ver como a pequena produção pode participar diretamente do desenvolvimento regional, ofertando biomassa florestal nativa em base sustentável, com a promoção de inclusão produtiva e preservação da paisagem”, destacou Campello.

Para Jean Rodrigues Benevides, gerente nacional de Sustentabilidade e Responsabilidade da Caixa Econômica federal, essa iniciativa com o FNMA sempre teve um caráter estratégico para o Fundo da Caixa, e para a própria Caixa, porque consegue dialogar com toda uma agenda de conservação ambiental e de ações efetivas de combate às mudanças climáticas, principalmente no combate à desertificação e no uso sustentável do bioma Caatinga, exclusivo do Brasil.

“O Fundo existe para trabalhar com ações inovadoras e estruturantes como essa que sejam indutoras para políticas públicas para o desenvolvimento sustentável. A convergência com o Ministério do Meio Ambiente foi imediata, ao percebemos que, para todo projeto de agenda de combate à desertificação, desenvolvimento sustentável e arranjos produtivos locais, havia interesses comuns”, ressaltou ele. “Temos expectativa de replicar essas boas práticas em todo o bioma”, concluiu.

Participaram da reunião representantes das instituições contempladas, do FNMA e do FSA Caixa, das Secretarias de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável (SEDR/MMA) e de Biodiversidade e Florestas (SBF/MMA) do Ministério do Meio Ambiente, e do Serviço Florestal Brasileiro.


Edição: Alethea Muniz

Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA): (61) 2028-1221

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