MARTA MORAES
Cervejas, cachaças e biscoitos produzidos a partir do umbu foram alguns dos produtos que o público conferiu na oitava edição do Festival Regional do Umbu, realizado na cidade de Uauá, no norte da Bahia, encerrado no sábado (30/04). Além desses, outro produto que fez bastante sucesso foi a barrinha de umbu.
Organizado pela Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (Coopercuc), o festival tem o objetivo de fortalecer e dar visibilidade às ações e produtos da agricultura familiar, desenvolvidos no semiárido baiano, e reuniu cerca de 40 mil pessoas nos dois dias do evento (29 e 30 de abril).
A barrinha de umbu foi lançada de forma experimental no festival, antes de ser disponibilizada para o mercado, principalmente o de merenda escolar. Foi produzida pela Coopercuc, sob a supervisão acadêmica da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE),
PESQUISA
A pesquisa faz parte dos trabalhos desenvolvidos no Núcleo de Bioprospecção da Caatinga, criado pela UFPE em parceria com o Instituto Nacional do Semiárido (Insa). E conta com o apoio do Ministério do Meio Ambiente (MMA) na articulação com as comunidades e no financiamento dos trabalhos de campo.
“Trabalhamos em três grandes áreas: farmacológica, cosmética e novos produtos alimentícios”, explicou a professora da UFPE Márcia Gerusa. “Nesse aspecto, contatamos três comunidades: em Crato (CE), Uauá (BA) e Vale do Caximbal (PE), buscando frutas nativas que pudessem gerar novos produtos e melhoria na renda para a comunidade”, detalhou Márcia, que é coordenadora do projeto.
ACEITAÇÃO
O diretor de Desenvolvimento Rural e de Combate à Desertificação do MMA, Francisco Campello, presente ao evento, contou que durante a feira o produto foi testado com o público e teve uma boa aceitação. “Inicialmente, com um público que já conhece o umbu. Mas a próxima fase inclui testes com pessoas que não estão acostumadas a consumi-lo”, explicou o diretor.
“Nosso objetivo é dar visibilidade aos produtos da agricultura familiar desenvolvidos no semiárido nordestino, trazendo mais renda e mais qualidade de vida aos produtores rurais”, afirmou Campello. Em breve, o Núcleo vai testar também, com o apoio do MMA, novos produtos com o licuri, oleaginosa típica da Caatinga.
FESTIVAL
Na edição deste ano, o festival teve como tema o "Ano Internacional das Leguminosas", trabalhado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e Organização para a Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO), em todo o mundo.
No evento havia mais de 40 estandes com doces, geleias, compotas, biscoitos, artesanato e cosméticos feitos, também com umbu, além de outras frutas como maracujá, maracujá da caatinga, mandacaru, entre outros.
O festival teve ainda uma feira de economia solidária e agricultura familiar que contou também com a presença de expositores da Bahia, e do Sul e Centro-Oeste do país.
Edição: Alethea Muniz
Assessoria de comunicação Social (Ascom/MMA): 61.2028-1221
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