Por: Letícia Verdi* - Edição: Alethea Muniz
Sob o lema Agroecologia e Alimentos Saudáveis, a 2ª Conferência Nacional Temática de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) e Meio Ambiente terminou, nesta quarta-feira (23/03), com 30 propostas para a etapa nacional, que será realizada de 31 de maio a 3 de junho, em Brasília. A conferência temática durou três dias e contou com a participação de cerca de 130 representantes de povos e comunidades tradicionais além de movimentos sociais que atuam na área ambiental e governo.
“Estamos aproximando Ater e ações do Ministério do Meio Ambiente para disseminar a nova agenda do desenvolvimento sustentável, que passa pelas mudanças climáticas, vividas na pele por homens e mulheres do campo, e pela valorização da biodiversidade”, destacou o secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do MMA, Carlos Guedes de Guedes.
De acordo com o secretário, a Ater leva o proprietário rural a olhar para a propriedade como um todo, a buscar formas de tornar a área mais produtiva e não necessariamente mais degradada. Guedes também destacou que, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Ater melhora a qualidade de vida dos produtores e aumenta a produtividade.
AGROECOLOGIA
Como fazer a transição para a agroecologia? Como melhorar a qualidade de vida dos produtores rurais e dos alimentos consumidos no Brasil? Essas foram as questões norteadoras do evento, movido pela necessidade de preservar os ecossistemas e os recursos naturais frente às políticas agrárias praticadas no Brasil.
O evento compôs a mobilização para a 2ª Conferência Nacional de Ater que, desde o segundo semestre de 2015, já reuniu, em outras etapas preparatórias, 33 mil pessoas em todo o país.
RESULTADO
As 30 recomendações elaboradas durante a conferência temática de meio ambiente irão compor as recomendações da Conferência Nacional de Ater. “Foi um esforço do MMA para que o meio ambiente tivesse um peso estratégico”, explicou o diretor de Combate à Desertificação do MMA, Francisco Campello.
Confira três das 30 recomendações:
1. Ater precisa ter inserção nas bacias hidrográficas do Brasil, com foco na recuperação de áreas, uso sustentável do solo e da floresta, visando a segurança alimentar e hídrica;
2. É urgente implementar sistema de crédito diferenciado para incentivar a produção agroecológica;
3. Povos e comunidades tradicionais precisam de sistema permanente e diferenciado para atender suas especificidades.
BOLSA VERDE
Atualmente, o MMA executa nove políticas que juntam Ater e meio ambiente. Entre elas, o programa de Programa de Apoio à Conservação Ambiental Bolsa Verde, em que famílias que vivem em extrema pobreza e moram áreas de proteção ambiental recebem capacitações agroambientais e uma bolsa de R$ 300 a cada trimestre por dois anos. Trata-se de uma forma de melhorar a condição de vida da população e conservar os recursos naturais.
*Com informações da Condraf. Fotos: Paulo de Araújo e Jorge Cardoso/MMA.
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