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País entra em nova fase de desenvolvimento

Izabella Teixeira defende, em debate no Rio de Janeiro, a agenda climática como vetor dos avanços econômicos do Brasil.

Publicado: Sexta, 04 Março 2016 16:00
Crédito: Marcos Tristão/ Museu do Amanhã Clima: debate com sociedade civil Clima: debate com sociedade civil

Por: Lucas Tolentino - Edição: Alethea Muniz

As ações brasileiras para cortar as emissões de carbono e, com isso, frear o aquecimento global impulsionarão a economia do país. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, afirmou nesta sexta-feira (04/03), no Rio de Janeiro, que as metas de redução de emissões darão início a um novo estágio de desenvolvimento sustentável em território nacional. As declarações foram dadas em debate promovido pelo Observatório do Clima, no Museu do Amanhã.

O compromisso brasileiro é reduzir 37% das emissões de gases de efeito estufa até 2025 e 43%, até 2030. “O Brasil é o primeiro país em desenvolvimento do mundo a oferecer essa meta para toda a economia”, declarou a ministra Izabella Teixeira. “O meio ambiente é um ativo do desenvolvimento.” Segundo ela, os setores de energia e da agricultura de baixo carbono têm relevância no processo. “O empresariado tem uma abrangência de larga escala”, acrescentou.

CREDIBILIDADE

O Brasil desempenhará papel central na implantação do Acordo de Paris, selado por 195 países em dezembro passado, na capital francesa. Agora, a comunidade internacional se concentrará na regulamentação do acordo, que começará a valer em 2020. “A credibilidade das ações e da diplomacia tem importância pela tradição brasileira de apresentar soluções para os pontos mais espinhosos”, analisou o subsecretário-geral de Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores (MRE), embaixador José Antonio Marcondes de Carvalho.

Os esforços para a implantação do acordo envolverão os setores públicos e privados e a sociedade civil. De acordo com o embaixador da França no Brasil, Laurent Bili, seu país continuará dando destaque à agenda. “A prioridade é que os atores possam reforçar seus compromissos em prol de uma economia de baixo carbono”, explicou Bili. “É preciso tratar da questão do clima como a agenda de desenvolvimento daqui para frente”, defendeu o secretário-executivo do Observatório do Clima, Carlos Rittl.

 

PONTO A PONTO

Confira os principais pontos do Acordo de Paris, concluído em 12 de dezembro de 2015:

- Busca limitar o aumento da temperatura média global a bem abaixo de 2°C em relação aos níveis pré-industriais e empreender esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5°C.

- Para isso, estabelece o processo que apresenta as contribuições nacionalmente determinadas (INDCs), com metas individuais de cada país para a redução de emissões de gases de efeito estufa. No caso do Brasil, o objetivo é reduzir 37% até 2025 e 43%, até 2030.

- Com intuito de aumentar a ambição dessas metas, cria um mecanismo de revisão a cada cinco anos dos esforços globais para frear as mudanças do clima.

- Promove o financiamento coletivo de um piso de US$ 100 bilhões por ano para países em desenvolvimento, considerando suas necessidades e prioridades.

 

Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA): 61.2028-1227

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