Por: Lucas Tolentino e Marta Moraes - Edição: Alethea Muniz
Com o objetivo de preservar ecossistemas naturais, os parques nacionais guardam inúmeros atrativos. Pela legislação que os cria, esses espaços têm “grande relevância ecológica e beleza cênica”. Essa exuberância chama a atenção de milhares de visitantes, o que faz necessária a promoção da educação ambiental. No Dia Mundial da Vida Selvagem, comemorado nesta quinta-feira (03/03), o MMA mostra experiências de conscientização realizadas em diversas unidades espalhadas pelo Brasil.
Em Brasília
O Parque Nacional de Brasília, conhecido popularmente como “Água Mineral”, é um dos mais visitados do país. O Núcleo de Educação Ambiental do espaço promove capacitações com atividades de percepção nas trilhas, áreas verdes e piscinas destinadas à visitação. Por ano, cerca de 1 mil visitantes e até 10 mil alunos participam dos cursos. Os responsáveis pela unidade também doam materiais para escolas públicas e incentivam a construção de hortas e jardins.
No local, também é realizado o Curso Socioambiental aos Ilícitos Ambientais ou Urbanísticos, voltados para infratores flagrados em delitos como a pichação de bens públicos. Os participantes desse curso são encaminhados pela Justiça. “Essa é uma forma interessante de gestão de conflitos, uma nova maneira de olhar para o problema e de propiciar a reflexão, o que melhora o vínculo da pessoa com o meio ambiente”, afirma o coordenador do Núcleo de Educação Ambiental do Parque Nacional de Brasília, Diógenes Martins.
No Paraná
Um dos cartões postais do Brasil também se dedica à conscientização dos freqüentadores. O Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná, onde ficam as famosas cataratas, tem um programa de educação ambiental com o objetivo de fortalecer a Escola Parque em Foz do Iguaçu. Os projetos incluem cursos, passeios, gincanas ecológicas e atividades em datas comemorativas.
O curso de educação ambiental em unidades de conservação estimula ações com professores da rede pública de ensino e fortalece o tema nos 14 municípios da região. Ao todo, 60 professores e técnicos de meio ambiente conduzem o projeto, em uma metodologia crítica e de acordo com as diferentes realidades dos participantes do curso. Há etapas presenciais e à distância e, em todos os encontros, são abordados assuntos como a gestão do parque.
No Amazonas
No estado de Amazonas, o Parque Nacional de Anavilhanas abriga um arquipélago fluvial em meio à Floresta Amazônica. A hidrovia existente passa por 60 comunidades e permite a visitação em caráter educativo da unidade. No local, há o movimento socioambiental Ajuri de Novo Airão, que desenvolve ações de educação ambiental como a semana do meio ambiente, o mutirão de limpeza de praias e o mini eco-festival do peixe boi, na cidade de Novo Airão e nas comunidades do entorno do parque. Também são realizadas pesquisas e ações de monitoramento relativas à conservação do peixe-boi amazônico.
SAIBA MAIS
A lei federal nº 9.985, de 18 de julho de 2000, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza. De acordo com a legislação, os parques nacionais devem possibilitar, entre outras coisas, “o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico”.
A visitação pública está sujeita às normas e restrições estabelecidas no Plano de Manejo da unidade e às normas estabelecidas pelo órgão responsável por sua administração. Já a pesquisa científica depende de autorização prévia do órgão responsável pela administração da unidade e está sujeita às condições e restrições por este estabelecidas, bem como àquelas previstas em regulamento.
Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA): 61. 2028-1227
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