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Cassandra Nunes fala sobre Zika em Aracaju

No Dia da Educação Brasileira Contra o Zika, secretária de Recursos Hídricos do MMA alerta sobre importância de eliminar focos do mosquito.

Publicado: Sexta, 19 Fevereiro 2016 17:00
Crédito: Prefeitura de Aracaju/ Divulgação Cassandra: direitos constitucionais Cassandra: direitos constitucionais

Por: Luciene de Assis - Edição: Alethea Muniz

Com o objetivo de conscientizar os jovens aracajuenses sobre o combate ao mosquito Aedes aegypti, alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Presidente Vargas, na capital de Sergipe, participaram, nesta sexta-feira (19/02), de palestra sobre o Dia Z – Dia Nacional de Combate ao Zika Vírus. A aula, assistida também por autoridades locais, foi ministrada no auditório da escola pela secretária de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Cassandra Maroni Nunes.

“Educação, saúde e meio ambiente ecologicamente equilibrado são direitos garantidos pela nossa Constituição Federal”, ensinou a secretária. Ela falou aos estudantes, principalmente, sobre a prevenção  e as consequências das doenças transmitidas pelo inseto. A doença Zika, hoje, é a principal preocupação da Administração Pública nas três esferas de governo.

ELIMINAÇÃO

Os sintomas do Zika vírus incluem febre baixa e irritação da pele, além da microcefalia, causadora de má-formação cerebral em recém-nascidos do Brasil e de várias outras partes do planeta, embora a conexão ainda não esteja provada cientificamente. Objetivo do Dia Z de combate ao Zika vírus é conscientizar os jovens sobre a importância de se combater criadouros e evitar a reprodução do mosquito Aedes aegypti, também transmissor do vírus da dengue, febre amarela e febre chikungunya.

Cassandra Nunes ensinou aos meninos e meninas o que se pode fazer para acabar com a propagação dessas doenças, como manter a caixa d’água sempre fechada com tampa adequada; remover folhas, galhos e tudo que possam impedir a água de correr pelas calhas; guardar garrafas sempre de cabeça para baixo; colocar o lixo em sacos plásticos e manter a lixeira bem fechada; não jogar lixo em terrenos baldios; encher de areia, até a borda, os pratinhos dos vasos de planta; entregar os pneus velhos ao serviço de limpeza urbana ou guardá-los sem água em locais cobertos e abrigados da chuva.

MOBILIZAÇÃO

Toda essa mobilização se deve ao fato de o estado de Sergipe já ter recebido a notificação de 180 casos de microcefalia em 46 municípios. Foram 158 casos notificados em 2015 e 22 em 2016. Aracaju registra, ainda, 45 casos da doença, seguido por Nossa Senhora do Socorro, com 18, e Itabaiana, com 13 casos.

No caso da dengue, este ano já foram notificados, no estado, 468 casos da doença, com taxa de incidência de mais de 20 casos por cada grupo de 100 mil habitantes. O município que apresentou mais casos foi Itabaianinha, com 143 casos.

Em todo o Brasil, a mobilização envolveu cerca de 56 milhões de estudantes de todos os níveis de ensino, os 2,1 milhões de professores da educação básica, 396,5 mil professores da educação superior e 414,5 mil servidores técnicos administrativos da educação superior. “Por isso, a escola deve ser o centro de mobilização e conscientização da comunidade, interna e externa, no combate à proliferação do mosquito Aedes aegypti, incentivou Cassandra Nunes.

Essa mobilização resulta do Pacto da Educação Brasileira Contra o Zika, assinado no dia 4 de fevereiro, entre o Ministério da Educação, demais representantes do governo federal, de estados e municípios, além de instituições e organizações públicas e particulares. O objetivo é reunir esforços coordenados de prevenção e combate ao Aedes aegypti e o vírus Zika.

ENVOLVIMENTO

A ação nacional faz parte do Plano Nacional de Enfrentamento do Aedes aegypti e à Microcefalia e contou com a participação de todos os órgãos do governo federal, envolvendo ministros e secretários executivos, governos estaduais e municipais. Dos 5.570 municípios previstos para serem visitados, 4.462 já iniciaram as ações preventivas e de combate aos criadouros do mosquito causador da doença. A meta do governo federal é reduzir o índice de infestação para menos de 1% dos imóveis com foco em todos os municípios brasileiros.


SAIBA MAIS

Microcefalia no Brasil:

- 5.280 casos suspeitos de microcefalia foram registrados
- 508 confirmados em 203 municípios de 13 unidades da Federação
- 3.935 em investigação
- 837 casos descartados
- 108 óbitos registrados, sendo 70 casos em investigação, 27 confirmados e 11 descartados
- A região Nordeste concentra 82% (4.339) dos casos notificados
- Pernambuco continua sendo o estado com maior número de casos registrados, com 1.544 registros, seguido de Paraíba (766) e Bahia (744)

Sobre o Zika:

É um vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti e foi identificado pela primeira vez no Brasil em abril de 2015. Cerca de 80% das pessoas infectadas pelo vírus não desenvolvem manifestações clínicas. Os principais sintomas são dor de cabeça, febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos. Outros menos frequentes são inchaço no corpo, dor de garganta, tosse e vômitos. No geral, a evolução da doença é benigna e os sintomas desaparecem espontaneamente após 3 a 7 dias. O principal modo de transmissão do vírus é pela picada do Aedes aegypti.

Dengue

É doença viral, também transmitida pelo Aedes aegypti. No Brasil, foi identificada pela primeira vez em 1986. Estima-se que 50 milhões de infecções por dengue ocorram, anualmente, em todo o mundo. A principal forma de transmissão é pela picada do mosquito Aedes aegypti. Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C), de início repentino, que dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele. Perda de peso, náuseas e vômitos são comuns. Na fase febril inicial da doença, pode ser difícil diferenciá-la. A forma grave inclui dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, sangramento de mucosas, entre outros sintomas. Ao apresentar esses sintomas, é importante procurar um serviço de saúde.

Chikungunya:

A febre Chikungunya é doença igualmente transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. No Brasil, a circulação do vírus foi identificada pela primeira vez em 2014. Os principais sintomas são febre alta de início rápido, dores intensas nas articulações dos pés e mãos, além de dedos, tornozelos e pulsos. Pode ocorrer dor de cabeça, dores nos músculos e manchas vermelhas na pele. Não é possível ter chikungunya mais de uma vez. Depois de infectada, a pessoa fica imune pelo resto da vida. Os sintomas iniciam entre 2 e 12 dias após a picada do mosquito. Não existe vacina ou tratamento específico para chikungunya. Os sintomas são tratados com medicação para febre (paracetamol) e dores articulares (anti-inflamatórios). Não é recomendado usar ácido acetil salicílico (AAS) devido ao risco de hemorragia. Recomenda-se repouso absoluto ao paciente, que deve beber líquidos em abundância.


Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA): (61) 2028-1165

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