Por: Cristina Ávila - Edição: Alethea Muniz
O Ministério do Meio Ambiente tem importantes motivos para comemorar o Dia Mundial das Áreas Úmidas, em 2 de fevereiro. A razão principal é a definição do Atol das Rocas como mais novo sítio Ramsar, pela Comitê Permanente da Convenção sobre Zonas Úmidas de Importância Internacional, mais conhecida como Convenção de Ramsar, tratado intergovernamental com objetivo de conservação e uso racional desses ecossistemas.
As áreas consideradas sítios Ramsar passam a ter acesso a benefícios como cooperação técnica e apoio financeiro para promover a utilização dos recursos naturais, favorecendo a implantação de um modelo de desenvolvimento que proporcione qualidade de vida aos seus habitantes. O Brasil é signatário desde 1993 e possui, agora com o Atol, 13 sítios reconhecidos pela Convenção.
O Atol das Rocas é uma reserva biológica, que se classifica na categoria de “proteção integral”, gerida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), constituída por 35 mil hectares (cerca de 360 km²), a 80 milhas náuticas (cerca de 130 km) do arquipélago de Fernando de Noronha. A superfície inclui área marinha até a profundidade média de 1 mil metros.
Único atol localizado no Atlântico Sul, é um recife semicircular, composto por esqueletos calcários de algas, corais e moluscos. Importante por sua alta produtividade biológica, é um dos maiores locais brasileiros de reprodução da tartaruga-verde, além de ser abrigo para a tartaruga-de-pente, em cristalinas piscinas naturais. Além de ser abrigo de aves, como atobás e fragatas.
“O Ministério do Meio Ambiente é responsável técnico pela Convenção Ramsar no Brasil”, explica o analista ambiental Maurício Pompeu, da Secretaria de Biodiversidade e Florestas (SBF/MMA). A Secretaria preside o Comitê Nacional de Zonas Úmidas, que tem como função desenvolver as ações da convenção no país.
VIDA SUSTENTÁVEL
Neste ano, o tema central do Dia Mundial é “Áreas úmidas para o Futuro: Modo de Vida Sustentável” escolhido para demonstrar o papel relevante desses ecossistemas, que influenciam na conservação da biodiversidade e são meios de sobrevivência de pessoas, que no país e no mundo os usam para atividades como pesca, agricultura, abastecimento de água, construção, tecelagem, medicina, transporte e turismo.
A data tem como objetivo estimular a conservação ambiental dessas áreas. Para isso, a mensagem lançada mundialmente tem como principal público-alvo os jovens entre 15 e 24 anos, que têm grande potencial para repercutir ideias, especialmente por meio das redes sociais, contribuindo para conscientização sobre o tema.
Para estimulá-los, será lançado pela Convenção Ramsar um concurso internacional de fotografias, com início no dia 2 de fevereiro. Ficará aberto até 2 de março. O vencedor ganha como prêmio uma viagem para uma das áreas úmidas do mundo. Para participar, o candidato deve acessar informações em www.worldwetlandsday.org
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