Por João Freire/ICMBio - Edição Melissa Silva
Nesta quarta-feira (16/12), a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e o presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Cláudio Maretti, retornaram ao Espírito Santo para participar de uma reunião com a comunidade de Regência (ES), município na foz do rio Doce, atingido pela lama da barragem da mineradora Samarco, em Mariana (MG), que rompeu no dia 5 de novembro.
O impacto sobre o oceano e a fauna marinha ainda estão sendo avaliados e os moradores falaram sobre os problemas ambientais e sociais que estão enfrentando. “Os pescadores dependem do rio para pescar e a população precisa da água do rio para beber”, relatou o presidente da associação de pescadores de Regência, Leone Carlos.
“Eu quero lutar com vocês para recuperar a região. O impacto nunca será apagado, mas temos de pensar no que podemos fazer: um novo rio Doce”, propôs a ministra Izabella Teixeira. “Esse é o maior acidente ambiental do país e as empresas responsáveis vão ter de pagar pelo que causaram”, afirmou a ministra. “A receita para a reconstrução será elaborada em conversas com vocês para definirmos as suas prioridades”, concluiu.
A reunião foi realizada em uma das sedes do Centro Nacional de Pesquisa de Tartarugas Marinhas (Tamar/ICMBio) e contou com a participação de mais de 100 moradores da região e de gestores de unidades de conservação administradas pelo ICMBio, no Espírito Santo. Participaram também, as associações: de moradores, de pescadores, de surfistas e dos comerciantes de Regência.
“Estamos monitorando o impacto da lama na biodiversidade marinha e nas unidades de conservação da região, em parceria com universidades e ONGs”, explicou o presidente do ICMBio, Cláudio Maretti. “A Reserva Biológica de Comboios, a APA Costa dos Corais e a Reserva Santa Cruz já foram atingidas e a extensão total do problema continua sendo avaliada” afirmou Maretti.
O secretário de Meio Ambiente do Espírito Santo, Rodrigo Giúdice, destacou a necessidade de que a Samarco monte um escritório em Regência para receber demandas socioeconômicas e ambientais. “Estamos trabalhando junto com os municípios e o governo federal para cobrar que a empresa reaja de forma mais rápida para resolver o problema que causou”, pontuou o secretário.
“O plano emergencial com o governo do estado está em andamento e as informações serão disponibilizadas para a comunidade entender o que está acontecendo”, garantiu a ministra Izabella. “A revitalização do rio Doce é prioridade para o governo federal”, concluiu.
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