Por: Paulenir Constancio – Edição: Alethea Muniz
Em evento que comemorou o Dia Mundial dos Solos, o Departamento de Combate à Desertificação do Ministério do Meio Ambiente anunciou nessa segunda-feira (07/12) a criação do Programa de Formação Técnica para o Manejo e Conservação de Solos e da Água no semiárido nordestino.
Serão abertas 500 vagas em 20 cursos para professores, extencionistas e agricultores multiplicadores promovidos conjuntamente pelo MMA, pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e pela Agência Nacional de Águas.
De acordo com o secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável, Carlos Guedes de Guedes, a ação visa fortalecer a agroecologia e a preservação do solo e dos recursos hídricos. A meta é oferecer 12 cursos em 2016 voltados para a agricultura familiar e 8 para o uso de equipamentos agrícolas e em solos profundos.
Os cursos serão realizadoscom o apoio da cooperação técnica entre o MMA, o fundo japonês de fomento IICA, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e a FAO, órgão também da ONU para a alimentação. Guedes ressaltou a experiência dos programas voltados para o semiárido, como o Água Doce e manejo sustentável dos recursos energéticos da Caatinga. Para ele, a ação do governo e da sociedade civil no bioma é exemplar.
BOAS PRÁTICAS
Como parte das comemorações foram lançadas, também, três publicações técnicas. O livro Caminhos para a Agricultura Sustentável, Princípios conservacionistas para o pequeno produtor rural, dos agrônomos Geraldo Barreto e Osany Godoy, publicação técnica, é um verdadeiro manual sobre boas práticas na agricultura familiar. Chancelado pela vasta experiências de dois mestres no assunto, preenche uma lacuna na literatura voltada para a agroecologia. Vai do uso da água, da preservação da cobertura vegetal à conservação e recuperação do solo numa edição ilustrada em uma linguagem acessível.
O segundo lançamento, feito por Alan Bojanic, representante da FAO, é um diagnóstico da situação dos solos nos cinco continentes. Um mapa que detalha ouso e as condições em que se encontra o solo do planeta. O capítulo brasileiro teve a participação da Embrapa Solos, do Rio de Janeiro. O organismo internacional, dirigido pelo brasileiro José Graziano, alerta para o mau uso do solo e as consequências na redução da produção de alimentos e que medidas poderão ser tomadas para diminuir o impacto das atividades humanas que degradam e desertificam. A ONU instituiu o dia 5 de dezembro como o Dia Mundial do Solo.
Já o Fundo Clima lançou atlas que traz os projetos apoiados com recursos não-reembolsáveis. São iniciativas que contaram com o apoio financeiro do fundo nos últimos quatro anos. No período foram investidos R$96 milhões em 189 projetos, beneficiando 11 famílias em atividades sustentáveis.
Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA) – (61) 2028-1173/ 1034
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