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Governo Federal monitora bacia do rio Doce

Ministra Izabella Teixeira afirma que órgãos ambientais avaliam danos e acompanham as ações em curso para recuperar a área afetada pelo desastre em Mariana

Publicado: Terça, 24 Novembro 2015 00:00
Crédito: Paulo de Araújo/MMA Izabella Teixeira sobrevoa foz do rio Doce Izabella Teixeira sobrevoa foz do rio Doce

Por: João Freire – Edição: Alethea Muniz

Linhares, ES – Desde o dia 5 de novembro, quando a barragem de rejeitos da mineradora Samarco se rompeu, na cidade de Mariana (MG), o governo federal está mobilizado para dar atendimento às pessoas atingidas pela lama e para minimizar os danos à natureza, ao longo dos mais de 600 quilômetros do rio Doce. Este é considerado o maior acidente ambiental já ocorrido no Brasil.

Nessa segunda-feira (23), a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, visitou a região costeira do Espírito Santo, onde a lama chegou no fim de semana. A ministra sobrevoou as praias do município de Linhares, no Espírito Santo, próximas à foz do rio Doce, para avaliar a situação. “O acidente ainda não acabou. A lama está no mar, concentrada em uma raio de dez quilômetros. Não há previsão de impacto na Bahia e em Vitória. Temos que continuar monitorando a situação para avaliar os danos e rever as ações em curso”, afirmou a ministra.

A ministra também falou sobre as próximas etapas do trabalho coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA). Izabella Teixeira informou que serão formados dois grupos de trabalho no MMA. O primeiro será coordenado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) com o  Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para avaliar o acidente de forma geral, com a participação dos órgãos ambientais e da sociedade civil. O outro grupo será coordenado tecnicamente pela Secretaria de Biodiversidade e Florestas (SBF/MMA) para estudar a recuperação da bacia do rio. Neste trabalho, vamos ter que chamar os estados de Minas Gerais e Espírito Santo para participar. A recuperação vai levar anos”, explicou Teixeira.

Izabella Teixeira disse, ainda, que a intenção é “transformar este evento lamentável em um ativo do país”. E reforçou: “A revitalização do rio Doce deverá ser um cartão de visita do Brasil: como devolvemos o rio à sociedade de maneira melhor do que estava”.

PARCERIA

Em reunião com o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, e com organizações não-governamentais ambientais que atuam na região, a ministra Izabella Teixeira manifestou preocupação com a situação das pessoas que dependem do rio Doce. “Temos que resolver no curto prazo o problema dos pescadores impactados, aumentar a oferta de água e resolver a questão do esgoto que é jogado no rio por muitas cidades, sem tratamento”.

Para o governador, a parceria com o governo federal está funcionando bem desde o primeiro momento. “Agradeço o apoio da ministra e de sua equipe. Quando eu pedi mais pessoas do ministério na área para acompanhar o impacto, fomos atendidos na hora”, comentou o governador. “O desastre é grave, mas muitos dos nossos problemas ambientais são anteriores. Temos uma oportunidade agora: vamos cuidar do desastre e depois vamos resolver as outras coisas e recuperar a bacia do rio”, afirmou Hartung.

Acompanharam a ministra na viagem, dirigentes do MMA e de órgãos ambientais federais como o Ibama, ICMBio e a Agência Nacional de Águas (ANA). Esses órgãos estão atuando em conjunto nas regiões afetadas, realizando resgates de fauna, monitoramento de rios e praias e avaliando a extensão dos danos à natureza, ao longo do rio Doce.

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Assessoria de Comunicação Social do MMA: (61) 2028-1227
Assessoria de Comunicação Social do ICMBio: (61) 2028-9280

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