Brasília (DF) - Segue até sábado (21), em Açu, Rio Grande do Norte, reunião para definir o planejamento estratégico e a equipe técnica responsável pela elaboração do plano de manejo da Floresta Nacional (Flona) de Açu. O encontro começou na terça-feira (17), com coordenação do Ibama. É a primeira Flona daquele Estado e a terceira da região Nordeste, criada a partir de um movimento social. São 215 hectares de caatinga típica.
O Comitê de Defesa da Floresta Nacional reivindicou a transformação da Estação Florestal de Experimentação em uma Flona, oficializada em julho de 2001. Com flora e fauna exuberantes, tornou-se refúgio de animais que migram à procura de alimentos. Merecem destaque as espécies da avifauna, como nambu, asa-branca, rolinha, galo de campina, canção e sabiá. Podem ser encontrados ainda variados tipos de répteis, como cobras e tejos, além de mamíferos, como peba, preá, veado campeiro e sagüi do nordeste.
O grupo discute a implantação de uma zona de produção florestal na Flona, sob manejo sustentável, associada a um programa de extensão florestal no entorno da unidade de conservação, que poderá mudar a forma de abastecimento do pólo cerâmico da região do vale do Açu. Serão apresentadas ainda várias metodologias bem sucedidas na Flona: o comitê em defesa da reserva florestal de Açu; a participação comunitária nesse processo; o projeto Piató e suas conquistas; a gestão coletiva do processo; o processo de construção da Agenda 21 local; os processos alternativos construídos além de documentos elaborados e sistematizados.
Para adequar o roteiro metodológico à realidade da Flona de Açu, estão previstas visitas de campo às áreas da floresta, da Lagoa Piató e das comunidades do entorno. Também serão observadas a existência de atividades impactantes na Flona e na zona de amortecimento, com recomendações de manejo e de pesquisa.
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