Por: Paulenir Constancio – Editor: Marco Moreira
Automóveis e caminhões estão poluindo menos o ar nas grandes cidades brasileiras. A constatação é da Comissão de Acompanhamento e Avaliação do Programa Nacional de Controle da Qualidade do Ar (Proconve), integrada pelo setor privado e governo. O consumo do diesel S-10 no País já chega a 30% do mercado e os 17,6 milhões de veículos leves produzidos em 2015 estão de acordo com a fase L-6, que requer motores menos poluentes.
O S-10, com baixo teor de enxofre, é uma exigência do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama). De acordo com os dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o consumo desse combustível já supera até mesmo a capacidade da frota com motores produzidos especificamente para ele.
NIVEL MENOR
A tecnologia de produção dos combustíveis também apresentou melhorias. As análises feitas no novo diesel indicam uma concentração de enxofre entre 5 e 6 ppm, bem abaixo dos 10 ppm especificados pela própria ANP para o atendimento às determinações do Proconve.
A agência, que regula também a distribuição, registrou aumento, ainda, no número de pontos de distribuição do S-10. Mais de 5.500 postos de combustíveis, ao longo das principais rodovias brasileiras, contam com o novo combustível para o abastecimento da frota de transporte de carga.
Os dados foram apresentados à comissão nesta quinta-feira (19/11), em Brasília, em reunião ordinária. Participaram representantes do Ministério do Meio Ambiente, Agência Nacional do Petróleo, Petrobrás, Ministério das Minas e Energia e Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Números apresentados pela Associação Nacional dos Produtores de Veículos Automotores (Anfavea), dão conta de que todos os veículos leves produzidos estão equipados com motores que atendem às exigências da fase L-6 do Proconve. Os 808,3 mil veículos licenciados em 2015 cumprem as exigências.
EFEITO REAL
Segundo a diretora de qualidade ambiental na indústria do MMA, Letícia Carvalho, os resultados apresentados, tanto em relação à fabricação de motores quanto em relação aos combustíveis, demonstram o efeito real e imediato do Proconve.
“Estamos promovendo a queda generalizada na emissão de poluentes e exigindo o aperfeiçoamento contínuo da indústria brasileira”, disse. “Melhorando a qualidade do ar nas grandes cidades, o impacto é direto na melhoria da saúde das populações.”
Para ela, a fase L-6 do programa é uma realidade e está plenamente implantada no Brasil. “Hoje temos a convicção de que no mercado brasileiro há oferta veículos e combustíveis dentro de padrões capazes de minimizar os efeitos nocivos do consumo de combustíveis fósseis à saúde”, afirmou.
Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA) – (61) 2028.1165
Redes Sociais