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Brasil insistirá na criação do Santuário de Baleias no Atlântico Sul

Publicado: Terça, 17 Junho 2003 21:00 Última modificação: Terça, 17 Junho 2003 21:00

Brasília (DF) - O presidente do Ibama, Marcus Barros, declarou em Berlim que o Brasil insistirá na proposta de criação do Santuário de Baleias no Atlântico Sul. Apesar de obter votos favoráveis de 24 países na Comissão Internacional de Baleias (CIB), a proposta foi derrotada, pois precisaria de três quartos dos cerca de 40 países com direito a voto para ser aprovada. ?Estamos convencidos da seriedade da proposta e de que ela é essencial para proteger nossa região contra a volta da matança de baleias, disse.

Segundo Barros, chefe da delegação brasileira na CIB, a  proposta do Brasil é a de estabelecer um santuário para as baleias em toda a área do Oceano Atlântico, desde a linha do Equador até o limite de 40ºS, onde se inicia o já criado Santuário Antártico.

 A região definida na proposta engloba, além do alto-mar, as costas do Brasil e da África. A área é de significativa importância para a reprodução, amamentação, migração e a alimentação para onze das quatorze espécies de baleias existentes no mundo, entre as quais: a baleia-azul (o maior mamífero do Planeta), as baleias bryde, fin, espadarte, jubarte, franca, franca pigméia, cachalote, minke e minke-anã.

Na votação deste ano, a proposta brasileira co-patrocinada pela Argentina, teve voto favorável da África do Sul, Alemanha, Argentina, Austrália, Áustria, Chile, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Holanda, Índia, Itália, México, Mônaco, Nova Zelândia, Omã, Peru, Portugal, Reino Unido, San Marino, Suécia e Suíça. Foram contra Antígua e Barbuda, Benin, China, Coréia do Sul, Dinamarca, Dominica, Granada, Guiné, Ilhas Salomão, Islândia, Japão, Mongólia, Nicarágua, Noruega, Palau, Panamá, Rússia, São Kitts & Nevis e Santa Lucia. Preferiram se abster a Irlanda, Marrocos e São Vicente e Granadinas. O Gabão, que havia se pronunciado favoravelmente à proposta brasileira, mas não pode votar, por não estar com suas contribuições à CIB em dia.

O Japão sofreu uma derrota, no entanto, com a rejeição de sua proposta de reabrir a caça comercial no Santuário de Baleias da Antártica, criado em 1994. Sob o pretexto de praticar a chamada ?caça científica?, navios japoneses invadem todos os anos a área de proteção, mas vem sofrendo pressões crescentes de outros países e enfrentam protestos de ambientalistas. A proposta japonesa foi rejeitada por 26 votos contra 17.

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