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Casal de ararinhas-azuis chega do Catar

MMA assina convênio para reintroduzir os animais na Caatinga

Publicado: Quarta, 04 Novembro 2015 16:00
Crédito: Camile Lugarini/ ICMBio Criadouro do Catar: protegendo a espécie Criadouro do Catar: protegendo a espécie

DA REDAÇÃO

Na luta pela vida e pela preservação da espécie, o governo brasileiro vem, há anos, buscando a recuperação da ararinha-azul (Cyanopsitta spixii), considerada extinta na natureza há 15 anos. Há poucos dias, representante do Ministério do Meio Ambiente (MMA) esteve com a direção da Al Wabra Wildlife Preservation (AWWP), um criadouro particular localizado no deserto do Catar, para fortalecer a parceria destinada a reintroduzir as ararinhas-azuis na Caatinga, seu lugar de origem, dentro de seis anos, em 2021. A iniciativa se insere no âmbito do Projeto Ararinha na Natureza e faz parte da parceria entre o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), vinculado ao MMA, e a AWWP, a ONG alemã Associação para Conservação de Papagaios em Extinção (ACTP), e a Vale, entre outros parceiros.

Com o objetivo de acelerar o processo reprodutivo e de aumentar a variabilidade genética da espécie, o MMA entregou ao AWWP duas fêmeas jovens, em idade reprodutiva, para serem inseminadas, com o compromisso da instituição de remeter ao Brasil todos os filhotes que delas nascerem. Em troca, a Al Wabra enviou para cá um casal dessas ararinhas para formarem pares e produzirem filhotes. “Esse é um esforço coletivo, que envolveu muitas pessoas, que hoje já não estão mais nesse processo, mas que formou um trabalho de base para possibilitar a reintrodução das ararinhas-azuis na natureza,” explica o biólogo e analista ambiental do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (Cemave/ICMBio), Antonio Eduardo Araújo Barbosa.


DE VOLTA AO LAR

O casal dessas aves, apelidadas de Rory e Amber, desembarcou no aeroporto de Cumbica, São Paulo, na noite do dia 25/10. De lá foram levadas ao quarentenário do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), localizado em Cananeia, litoral sul paulista, onde permanecerão por cerca de 15 dias, até o dia 9/11, aproximadamente.

Para o diretor do Departamento de Espécies (Desp/MMA), Ugo Eichler Vercillo, o objetivo é continuar trazendo mais ararinhas para o Brasil. “Nossa expectativa é montar, em parceria com a Al Wabra, um centro de reprodução e soltura na Caatinga, e é lá que os animais serão preparados para a soltura, explica.

Vercillo conta que os testes de soltura devem começar em 2017 para que, em 2021, ocorra a soltura de um grupo de 150 ararinhas-azuis numa área de preservação a ser criada na Caatinga, no município de Curaçá, localizado no Norte da Bahia. “São passos grandes e que requerem uma atenção muito especial, num trabalho de parceria entre instituições do Brasil, do Catar e da Alemanha para que a gente consiga lograr sucesso na recuperação da espécie”, avalia o diretor do Desp.


Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA) - (61) 2028-1165

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