Meio Ambiente

Por: Paulenir Constâncio - Editor: Marco Moreira


O valor da biodiversidade para a produção de alimentos e de praticamente todos os bens que consumimos é frequentemente ignorado pelos governos e até pela população. Mas essa realidade está mudando. Agora, os chamados serviços ecossistêmicos começam a ser incorporados ao dia-a-dia das políticas públicas em quase todos os países.

Técnicos brasileiros e de mais sete países latino-americanos reunidos em San José, Costa Rica, buscaram, em encontro que terminou nessa sexta-feira (23/10), ampliar a integração dos serviços ecossistêmicos nas decisões dos governos e do setor produtivo. É o projeto ValuES, que promove a troca de experiência para identificar novas possibilidades de cooperação e proporcionar assessoria para as iniciativas em curso.

O Ministério do Meio Ambiente levou ao encontro sua experiência na incorporação dos serviços ecossistêmicos ao Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE), e o apoio ao município de Duque de Caxias, na baixada fluminense, para incluí-lo em seu plano diretor. Foi apresentada, ainda, a estratégia de aproximação com o setor empresarial, por meio da Confederação Nacional da Indústria (CNI), para sensibilizá-los sobre a importância da consideração do assunto em seus negócios.

TOMADA DE DECISÃO

De acordo com analista ambiental Bruno Silveira, da Diretoria de Zoneamento Territorial do MMA, os serviços ecossistêmicos ajudam a qualificar o processo de tomada de decisão acerca do território e seus recursos naturais. Ele avalia que o ValuEs, realizado esse ano pela terceira vez, vem contribuindo para ampliar os conhecimentos sobre o assunto. “Serve para vermos como os diferentes países estão tratando o tema e, principalmente enfrentando os desafios, muitos deles comuns a todos”, afirmou.

Participou também do encontro o analista ambiental Otávio Ferrarini, da Diretoria de Conservação da Biodiversidade/SBF. O Projeto ValuES tem abrangência global e está sendo implantado pela cooperação técnica alemã (GIZ), com recursos do Ministério do Meio Ambiente alemão (BMUB), em parceria com diversos países. O Brasil participa por meio do Projeto TEEB Regional-Local, coordenado no MMA pelo Dúbio/SFB.

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