Por: Lucas Tolentino - Editor: Marco Moreira
A Rede de Mulheres Brasileiras Líderes pela Sustentabilidade se prepara para lançar medida de incentivo às energias renováveis em território nacional. O grupo se reuniu nesta segunda-feira (26/10), em Brasília, para construir o projeto de instalação de pelo menos 1 milhão de painéis solares em escolas de todo o País. A expectativa é que a proposta seja lançada em dezembro, na 21ª Conferência das Partes (COP 21), em Paris.
A medida deverá contribuir para o cumprimento da meta brasileira de alcançar, até 2030, a participação de 28% a 33% das fontes renováveis (eletricidade e biocombustíveis), além da geração hidráulica. O pacto de mudanças na matriz energética brasileira faz parte do acordo bilateral assinado, em junho, pela presidenta Dilma Rousseff com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. O protocolo inclui, ainda, a redução do desmatamento.
TECNOLOGIAS
Para a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, a ampliação das fontes renováveis de energia está entre as principais medidas de combate às mudanças climáticas. “O grande salto, agora, é desenvolver tecnologias no sentido de estocar a energia gerada a partir dos elementos naturais”, defendeu. “Só conseguiremos manter o nosso protagonismo com novas medidas.”?
O projeto está em fase de construção. A proposta inicial é que as placas comecem a ser instaladas, em escala crescente, a partir de 2017. A meta é finalizar o projeto até 2030. “Além do crescimento de 15% da matriz solar no Brasil, o projeto pode trazer benefícios como o crescimento econômico e a inclusão das mulheres”, descreveu Marina Grossi, conselheira da Rede.
O lançamento da iniciativa deve ocorrer em evento paralelo na COP 21, conferência das Nações Unidas onde representantes de mais de 190 firmarão o futuro acordo de corte de emissões de gases de efeito estufa. O objetivo é limitar o aumento da temperatura da Terra a até 2°C. Para isso, cada país já apresentou metas próprias de corte de emissões em território nacional. No fim do ano, eles se reunirão, na COP 21, para definir os detalhes do acordo, previsto para entrar em vigor em 2020.
A reunião do grupo contou também com o anúncio da nova presidente da Rede de Mulheres. A partir de 2016, a posição será ocupada por Ieda Novais. Formada em relações públicas pela Universidade de São Paulo (USP), atuou em diversas empresas e, atualmente, é sócia e diretora corporativa da KPMG. Em 2006, figurou na lista da Revista Forbes de Mulheres Mais Influentes do Brasil na área de Indústria, Comércio e Serviços.
SAIBA MAIS
Apesar de considerado natural, o efeito estufa tem aumentado nas últimas décadas e gerado as mudanças do clima. Essas alterações são fruto do aumento descontrolado das emissões de substâncias como o dióxido de carbono e o metano. A liberação desses gases na atmosfera ocorre por conta de diversas atividades humanas, entre elas o transporte, o desmatamento, a agricultura, a pecuária e a geração e o consumo de energia.
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