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Petrolina: a capital do semiárido brasileiro

Maior evento para a agricultura familiar da região Nordeste espera receber 25 mil pessoas até 23/10

Publicado: Terça, 20 Outubro 2015 18:00
Crédito: Jorge Cardoso/MMA Abertura Semiárido Show Abertura Semiárido Show

Por Marta Moraes – Editora: Melissa Silva

Vinte e oito crianças da banda Brincantes da Rua de Baixo, de Curaçá (BA), com seus instrumentos feitos de lata, deram o tom da abertura do Semiárido Show 2015, a 40 km de Petrolina (PE). Apresentando canções que tinham a água como tema, o grupo se apresentou na abertura do maior evento para a agricultura familiar da região Nordeste, que começou nesta terça-feira (20 de outubro) e segue até o dia 23 de outubro. Realizada pela Embrapa Semiárido e pelo Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA), a sexta edição da feira, que conta com o apoio do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e de vários ministérios e instituições, espera receber 25 mil pessoas.

O tema dessa sexta edição é “Territórios, água e agroecologia: base para a vida no Semiárido”. Esse eixo principal requer uma garantia dos elementos essenciais para o bem viver nesta região.

O Semiárido Show possui uma grande visibilidade, pelo tamanho da área de exposição e pela quantidade de tecnologias demonstradas (média de 100) e de participantes que reúne a cada edição. Mas, também, porque integra, num só espaço, os avanços da pesquisa técnico-científica, das políticas públicas e a experimentação agropecuária das organizações não governamentais voltadas para o meio rural do semiárido brasileiro.

Durante a abertura, Wladyr Stumpf, diretor de transferência de tecnologia da  Embrapa, afirmou que o evento traz um verdadeiro show de tecnologia e inovação social. “Mas a tecnologia sozinha não faz nada. Precisamos de pessoas. A inovação se dá junto com os agricultores, com o conhecimento desenvolvido por eles no semiárido brasileiro”, enfatizou.

O MMA na feira

Ações do MMA, como o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o Programa Água Doce serão destacadas durante o Semiárido Show 2015. Durante a abertura, o coordenador Nacional do Programa Água Doce do MMA, Renato Ferreira, ressaltou a importância do evento para dar uma maior proporção às tecnologias sociais que vêm sendo desenvolvidas, com sucesso, na região. “O MMA, por exemplo, tem um conjunto de medidas importantes para a agricultura do semiárido. São alternativas adequadas às especificidades da região”, explicou.

Nova imagem

Para Jerônimo  Rodrigues, secretário de desenvolvimento rural do estado da Bahia, antigamente, ser sertanejo era motivo de preconceito, com aquela imagem de retirante. “Essa história acabou. Um evento como este, com a grandeza que tem, com a parceria de instituições tão representativas, mostra que a realidade é outra.  É de gente que trabalha e que constrói o Brasil”.

Segundo o coordenador da ONG ASA Brasil, Naidison Baptista, a Feira não é o evento de combate à miséria, mas sim o de convivência harmônica com o semiárido. “De conviver com a terra, com os homens e mulheres do semiárido, com a sua cultura, com sua fauna e flora. Enxergamos o agricultor e agricultora como produtores de conhecimento. Há uma troca mútua. Afinal, é lá na propriedade do agricultor que acontece a verdadeira convivência com o semiárido”, destacou ele.

Dimensão

A Feira acontece em uma área de 20 hectares. Doze hectares são destinados à instalação de vitrines para demonstração de tecnologias em campo. Oito hectares, ocupados por estandes e salas climatizadas, abrigarão a programação de palestras e minicursos sobre as diferentes tecnologias em exposição.  Neste ambiente também irão ocorrer seminários e fóruns de debates.

“Nosso desafio é construir um novo semiárido. Isso não é uma construção de uma única instituição, e nem de um só governo, é de todos nós. A Feira apresenta uma diversidade de informações, tecnologias e conhecimentos que vem de todos nós: agricultores, professores, técnicos e instituições”, afirmou Pedro Gama, chefe da Embrapa Semiárido.

Nesta edição, a Feira repete a montagem da Vila da Economia Solidária, um espaço que busca fortalecer as experiências de processamento, comercialização e cooperativismo (Economia Solidária e Cooperativismo) e propiciar o diálogo de saberes e a troca de experiências entre agricultores/as familiares e demais participantes da Feira. O formato atual da feira impulsiona uma dinâmica de articulação institucional entre a área pública e a sociedade civil que contribuem para oferecer possibilidades e estratégias de convivência harmônica, considerando os aspectos climáticos, sociais e culturais do semiárido brasileiro.

Caminhos

A convergência de inovações tecnológicas, a articulação de projetos comuns, a afirmação e valorização dos recursos naturais e socioeconômicos desse ambiente exclusivo do Brasil, o Bioma Caatinga, põe a Feira Semiárido Show naqueles pontos que se cruzam novas ideias, pesquisas, mobilização social, sensibilidade pública, e empreendedorismo solidário.

Segundo o coordenador geral do IRPA, Cícero Franco, esse é um momento especial, pois o que mais se ouve é a mídia falar em crise. “De fato, estamos vivendo crises. Mas a palavra crise vem de crucis, cruz, encruzilhada. Isso representa oportunidade de escolher um caminho, de ir para um ou para outro lado”, afirmou. “Nós, do semiárido brasileiro, escolhemos não ficar parados. Decidimos seguir em frente, apostar na esperança. Naquela esperança de que quem constrói e realiza. Esse evento propõe a esperança de um semiárido melhor, viável, bonito e bom para se viver”.

Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA): 2028-1173

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