Amanhã (17) é o Dia Mundial de Combate à Desertificação. O secretário de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente participa, em Bogotá, Colômbia, da Reunião Regional de Implementação da Convenção de Combate à Desertificação das Nações Unidas, que vai discutir os efeitos da seca na América Latina e no Caribe. No Brasil, as causas e conseqüências do fenômeno serão debatidas, durante três dias, em Salgueiro, Pernambuco, no Encontro dos Núcleos de Desertificação do Semi-Árido Brasileiro.
O fenômeno da desertificação atinge, de forma grave, cerca de 10% da região semi-árida brasileira, o que representa um total de nove estados nordestinos e o norte de Minas Gerais, que sofrem com a seca e a estiagem. Estima-se que as perdas econômicas cheguem a U$ 300 bilhões por ano, e os custos para a recuperação das áreas mais afetadas alcancem U$ 2 bilhões para um período de 20 anos.
A Secretaria de Recursos Hídricos é responsável pela condução da Política Nacional de Controle da Desertificação. e já está desenvolvendo programas que visam amenizar os efeitos da seca no país. O tema vem sendo discutido pela comunidade internacional desde 1977, já que muitos países enfrentam problemas por causa da estiagem.
O encontro de Pernambuco tem por objetivos: ampliar e atualizar as informações sobre os processos da luta contra a desertificação; promover a troca de experiências entre as diversas entidades da sociedade civil atuantes nos quatro núcleos de desertificação da região semi-árida brasileira, além de definir uma agenda de trabalho para os próximos quatro anos.
Autoridades e representantes da América do Sul apresentarão dados atuais e relevantes sobre o fenômeno da seca no Brasil e no mundo, e elaborarão um Plano de Atuação Conjunta para o Combate à Desertificação no Semi-Árido Brasileiro. As propostas desenvolvidas pelos grupos serão submetidas à apreciação e aprovação dos participantes do evento.
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