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Biomas tornam hospital afeito às crianças

BOAS PRÁTICAS//Preocupação de não retirar o direito do público infantil definiu ambientação

Publicado: Sexta, 16 Outubro 2015 00:00
Crédito: Paulo de Araújo/MMA Espaço lúdico: criança continua criança Espaço lúdico: criança continua criança

Por Marta Moraes – Editor: Marco Moreira

 

 

 

Sentados, à espera de atendimento, os pacientes do Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB), e seus acompanhantes, costumam ser chamados pelo sistema de som para comparecerem ao Pantanal, ao Cerrado ou à Amazônia. Não estranhe se você ouvir a mensagem. É que toda a ambientação do hospital, inaugurado em 23 de novembro de 2011, foi feita inspirada em alguns biomas brasileiros.

Com foco no atendimento humanizado e com a preocupação de não retirar do paciente o direito de continuar sendo criança, priorizou-se no projeto do hospital a luminosidade, o amplo espaço e as cores. O tema escolhido para a ambientação foi “Uma viagem de trem pelos biomas do Brasil”.

Assim, cada unidade do hospital recebeu nomes especiais: Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa, Pantanal, Sertão (para descrever a Caatinga) e Litoral (que não é um bioma, mas foi utilizado livremente para lembrar o papel do mar no Brasil).

DIFERENÇAS

“Todas as áreas são caracterizadas, respeitando as diferenças de fauna e flora de cada ecossistema, com objetivo, ainda, de traduzir a diversidade cultural do Distrito Federal”, explica Carlos de Andrade, assessor de comunicação do HCB.

No Pantanal e no Pampa funcionam os ambulatórios; no Litoral, a internação; na Mata Atlântica são feitos os exames de imagem; no Cerrado, os exames de laboratório; na Amazônia funcionam as unidades de terapia; e no Sertão, a área administrativa. Para cada setor foram criados personagens (animais) que também servem para identificação do local.

Os desenhos foram feitos por um artista plástico de Recife, ainda na época da criação do hospital. “A ideia é ter esse aspecto lúdico num local que é voltado exclusivamente para o tratamento de crianças”, conta Andrade.

O INÍCIO

A criação do HCB começou quando a Associação Brasileira de Assistência às Famílias de Crianças Portadoras de Câncer e Hemopatias (Abrace), instituição reconhecida e atuante no Distrito Federal, percebeu a necessidade de ir além da assistência às famílias de crianças portadoras de câncer.

Com esse intuito, moveu esforços e mobilizou a sociedade civil para erguer um centro especializado, com recursos plenos e gerenciamento eficiente para o tratamento integrado e multiprofissional da criança e do adolescente. Assim nasceu o projeto do Hospital da Criança de Brasília José Alencar, que atende crianças de 28 dias a 18 anos, integralmente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

INSTALAÇÕES

Todo o serviço de oncopediatria do Hospital de Apoio e o ambulatório pediátrico do Hospital de Base foram transferidos para o Hospital da Criança. O funcionamento do HCB é financiado com recursos do Governo do Distrito Federal (GDF), que cedeu alguns profissionais de saúde como médicos, enfermeiros e nutricionistas.

O HCB tem sete mil m² construídos, 30 consultórios médicos, 22 leitos de internação. Ainda será construído um segundo prédio que terá dois pavimentos, 21 mil m² e 202 leitos (20 de UTI e 18 de cuidados intermediários), um Centro Cirúrgico e um Centro de Ensino e Pesquisa. Além disso, existem duas brinquedotecas hospitalares, que atendem crianças e acompanhantes que aguardam consulta ou tratamento.

O LIXO NO HCB

O HCB produz, diariamente, quatro tipos de lixo: comum, infectante, químico e reciclável. Somando as quatro classificações, são mais de seis toneladas por ano. Funcionários, pais e pacientes são orientados a utilizar lixeiras específicas que possibilitem a reciclagem.
“De forma a evitar problemas de contaminação, cada tipo de resíduo é descartado da forma adequada: o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) recolhe o lixo comum, enquanto o reciclável é retirado, três vezes por semana, por uma empresa especializada”, conta Marcele Menezes, supervisora de hotelaria.

Os lixos químico e infectante recebem tratamento diferenciado, sendo descartados em salas específicas. Resíduos infectantes (objetos que causem cortes ou perfurações ou materiais com sangue, vômito e secreções) de cada setor são descartados, nas salas de expurgo, em caixas coletoras de material perfurocortante e lixeiras especiais para roupas sujas.

O lixo químico, no HCB, é composto por medicamentos oncológicos, antibióticos e remédios da Farmácia Ambulatorial. O descarte desses materiais é registrado em documento enviado à empresa que os recolhe do hospital. Em caso de medicamentos psicotrópicos, o documento também é encaminhado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Enquanto as empresas responsáveis pela coleta de cada tipo de lixo não chegam, os materiais descartados são armazenados separadamente em um depósito de resíduos, que fica no exterior do hospital. O espaço é feito de tijolos e protegido por grades e telas; os containers são guardados de acordo com a classificação do lixo que comportam. Equipado com ponto hidráulico, o abrigo de resíduos permite que a higienização de cada container seja realizada no próprio local.

ATIVIDADE VOLUNTÁRIA

O hospital tem um Programa de Voluntariado, estruturado em parceria com a Abrace, para proporcionar momentos de bem-estar, apoiar os familiares e oferecer atividades lúdicas e recreativas às crianças e aos adolescentes em tratamento.
Atualmente, são mais de 200 voluntários atuando em 13 grupos: Alegria, alegria!; AME (Arte, Movimento e Expressão); Amigo do Leito; Cine HCB; Contadores de Histórias;

Cuidando do Acompanhante; Cuidando do Cuidador; Anjos em Ação; Fique Ligado!; Palestras; Posso Ajudar?!; Sinfonia da Saúde, e Terapias Integrativas. Quem quiser ser voluntário pode entrar em contato pelo telefone 3209 8800.

O Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) realizou mais de 1,6 milhão de atendimentos até o final de setembro de 2015. Dentre eles, mais de 1 milhão de exames diagnósticos e de 257 mil consultas médicas. O HCB realizou 40 mil diárias (16.250 internações e 24.590 hospital-dia), mais de 28 mil sessões de quimioterapia, 11 mil transfusões, 6 mil cirurgias ambulatoriais, 7 mil ecocardiogramas, 22 mil raios X, dez mil tomografias e 14 mil ultrassons. O Hospital da Criança é público, faz parte da rede da Secretaria de Saúde do Distrito Federal e é administrado pelo Instituto do Câncer Infantil e Pediatria Especializada (ICIPE).

 

Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA) – (61) 2028.1165

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