Por: Marta Moraes – Editor: Marco Moreira
O secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável, Carlos Guedes de Guedes, recebeu, nesta sexta-feira (09/10), no Ministério do Meio Ambiente (MMA), comissão de 15 índios, a maioria deles da tribo Guajajara. O grupo veio até Brasília solicitar ao governo federal uma ação coordenada e integrada para acabar com o incêndio que ocorre, desde 21 de setembro, na floresta da Terra Indígena Arariboia, no Sul do Maranhão.
Além de Guedes, dialogaram com os índios o diretor de Proteção Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Luciano Evaristo, e o chefe do Centro Especializado Prevfogo, Gabriel Constantino.
HABITANTES
Com mais de 413 mil hectares, entre os municípios de Amarante do Maranhão, Bom Jesus das Selvas, Buriticupu, Arame e Grajaú, a terra indígena abriga aproximadamente 10 mil indígenas Guajajara e grupos Awáguajá. Os Guajajara são um dos povos indígenas mais numerosos do Brasil.
Olímpio Santos, representante da comissão executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), afirmou que o grupo falava em nome de todas as tribos da Terra Indígena Arariboia. “O fogo está atingindo nosso povo. É preciso que todos se sensibilizem e pensem numa estratégia integrada, juntamente conosco, para combater esse incêndio que vem destruindo nossas terras”, enfatizou.
Sônia Guajajara, da secretaria executiva da Apib, afirmou que é preciso impedir que o fogo se alastre pelas terras. ”Viemos até aqui dialogar. Esse incêndio é um alerta para o mundo, pois todos nós precisamos da floresta”, argumentou.
Durante o encontro, Guedes ressaltou o profundo respeito que o governo brasileiro, em especial o MMA, tem pela luta dos índios. “Estamos juntos nessa frente de combate a esse incêndio. O Brasil já deu exemplos concretos de que tem um combate forte a todo tipo de desmatamento. A ação do Ibama é inquestionável”, destacou. “O que pretendemos é aprimorar essa estratégia para a realidade daquela terra indígena, para que não se controle apenas o fogo, mas também se combata definitivamente o desmatamento ilegal em terras indígenas”.
ATUAÇÃO
O secretário lembrou ainda que é preciso uma clareza das competências de cada órgão nessa ação de combate ao incêndio na floresta, mas que há uma atuação integrada e solidária. Guedes afirmou que, numa ação conjunta com o Ministério da Justiça e a Fundação Nacional do Índio (Funai), serão ampliados os esforços de atuação com as equipes do Ibama no local.
“Já estão em andamento algumas iniciativas. Serão viabilizados novos equipamentos, fruto de um investimento que será feito pelo Ministério da Justiça, utilizando técnicas que o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) já utiliza no combate a incêndios nas florestas”, afirmou. “Dessa forma, temos a esperança de controlar esse incêndio o mais rápido possível”.
O diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Luciano Evaristo, comunicou que o chefe do Prevfogo, Gabriel Constantino, se deslocará ao local no início da próxima semana para atualizar essa estratégia com os indígenas. “O importante é unir toda a capacidade dos brigadistas do Ibama com o conhecimento da terra que os índios têm”, disse. “Só assim poderemos melhorar o combate ao incêndio”.
Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA) (61) 2028.1173
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