Por: Rafaela Ribeiro – Editor: Marco Moreira
Na próxima sexta-feira (02/10), o Programa Água Doce (PAD) entrega, na Paraíba, os três primeiros sistemas de dessalinização recuperados pelo programa no Estado. O evento acontecerá em Serra Branca, um dos municípios beneficiados. Dos três sistemas, dois atendem às sedes dos municípios Serra Branca e Parari, o terceiro fornece água potável à comunidade rural de Sítio Farias, em Parari.
“Serra Branca estará em festa amanhã” conta Maria José, moradora do município. “Toda a população estará presente na inauguração do sistema que nos garante água para beber, cozinhar, para as principais necessidades. Vai ser uma festa linda, até banda a gente vai ter.”
SITUAÇÃO GRAVE
Ao todo, esses sistemas beneficiam 5.800 pessoas que sofrem com a escassez de água na região. “Além das famílias, os sistemas de dessalinização das sedes municipais também abastecem instituições como escola, creche, posto de saúde, presídio, fórum, delegacia”, diz o coordenador Estadual do PAD, Robi Tabolkados Santos. “As comunidades de Serra Branca e Parari estavam em uma situação grave sem os dessalinizadores”,
O PAD é uma ação do governo federal, coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente em parceria com instituições federais, estaduais, municipais e sociedade civil que visa estabelecer uma política permanente de acesso à água de qualidade para o consumo humano.
PROJEÇÕES 2016
O programa incorpora cuidados técnicos, ambientais e sociais na implantação, recuperação e gestão de sistemas de dessalinização. “Temos nove convênios em andamento e até 2016 estaremos beneficiando 500 mil pessoas, explica o coordenador Nacional do Água Doce, Renato Saraiva. “Os Estados estão a todo vapor tocando as obras e entregando os sistemas.”
O convênio com a Paraíba é de R$ 21 milhões e tem como meta a implantação, recuperação e gestão de 93 sistemas de dessalinização que vão beneficiar 12 mil famílias.
OS BENEFICIADOS
O município de Serra Branca fica a 238 quilômetros de João Pessoa. Sua economia baseia-se na agricultura de subsistência, comércio e funcionalismo público. As principais culturas são milho e feijão. Na pecuária predomina a criação de caprinos e ovinos. Muitas famílias complementam a renda com programas de renda mínima do governo federal.
Parari situa-se na região central do Estado, a uma distância de 206 quilômetros da capital. Os moradores vivem do comércio, empregos públicos, agricultura de subsistência e setor de serviços.
Sítio Farias é uma comunidade rural localizada a sete quilômetros da sede do município. Oitenta famílias moram no local e dependem da agricultura de subsistência (milho e feijão) e da criação de bovinos. Complementam a renda com recursos dos programas de renda mínima do governo federal.
Os moradores de Sítio Farias contam com cisternas no período de chuva, mas na seca há apenas a água do dessalinizador. “Pra gente isso é uma riqueza. Água doce, potável, tratada. Os açudes, agora, estão todos secos, se não fosse essa água a gente tava passando sede. E mesmo quando tem água no açude, não é água boa assim, tratada, não se compara com essa água”, destaca Jaqueline Lima de Almeida, que reside na comunidade rural.
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