Por: Lucas Tolentino - Editor: Marco Moreira
O governo federal recebeu declaração conjunta do setor privado com propostas para frear o aquecimento global. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, participaram, nesta quinta-feira (14/08), em São Paulo, do lançamento da Carta Aberta ao Brasil sobre Mudança do Clima. O documento contém sugestões do empresariado para a construção da proposta que o país apresentará para o novo acordo climático, que será negociado no fim do ano, em Paris.
A declaração da iniciativa privada traz variadas questões capazes de diminuir as emissões de gases de efeito estufa no âmbito nacional e internacional. Entre elas, estão o aumento da eficiência energética, o incentivo à inovação tecnológica na cadeia produtiva e a publicação anual de inventários de emissões por pare das empresas. O setor também propõe a eliminação de materiais gerados com base no desmatamento e a adoção de instrumentos que promovam a economia de baixo carbono
A Ação Empresarial sobre Mudanças Climáticas é um grupo de trabalho criado para acompanhar os compromissos da Carta Aberta. O fórum é formado por empresas e organizações que acreditam que o setor empresarial pode dar sua contribuição para que o mundo realize a necessária transição para uma economia de baixo carbono, aproveitando novas oportunidades de negócios e reduzindo significativamente os impactos negativos das mudanças climáticas sobre o planeta.
AMBIÇÃO
Os setores de energia e da agricultura estão entre as áreas prioritárias de atuação do governo. A ministra Izabella Teixeira afirmou que ambos aparecem, hoje, como os principais responsáveis pelas emissões brasileiras de gases de efeito estufa. “O País vem com a ambição de construir uma taxa de restauração florestal”, acrescentou. “Deixamos de ser emissores associados ao desmatamento e, agora, vamos passar a capturar carbono.”?
A nova meta brasileira de redução de emissões deve ser apresentada à Organização das Nações Unidas (ONU) em setembro. Assim como o Brasil, o restante dos países signatários da Convenção de Clima têm até outubro para apresentar os próprios compromissos de corte de carbono à ONU. Em dezembro, todos eles se reunirão na 21ª Conferência das Partes (COP 21), em Paris, para negociar e validar um novo acordo que começará a valer em 2020. O objetivo desse protocolo é estabelecer ações para manter o aumento da temperatura global abaixo de 2°C.
SAIBA MAIS
Apesar de considerado natural, o efeito estufa tem aumentado nas últimas décadas e gerado as mudanças do clima. Essas alterações são fruto do aumento descontrolado das emissões de substâncias como o dióxido de carbono e o metano. A liberação desses gases na atmosfera ocorre por conta de diversas atividades humanas, entre elas o transporte, o desmatamento, a agricultura, a pecuária e a geração e o consumo de energia.
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