Por: Marta Moraes – Editor: Marco Moreira
Será realizada em Bogotá, na Colômbia, nos dias 9 e 10 de julho, a Oficina Regional sobre Diretrizes Voluntárias de Políticas Agroambientais para a América Latina e Caribe. A iniciativa foi formulada com base nas consultas e debates realizados no projeto “Fortalecimento das Políticas Agroambientais em Países da América Latina e do Caribe através do Diálogo e do Intercâmbio de Experiências Nacionais”, iniciado em 2013 e implantado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), em parceria com o Ministério do Meio Ambiente (MMA).
A partir da assinatura do projeto, em 2012, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), os países participantes (Brasil, Chile, Colômbia, México e Nicarágua, e numa segunda etapa incorporaram-se ao projeto, Costa Rica, Cuba, Panamá, Paraguai e Uruguai) fizeram diagnóstico de suas políticas agroambientais.
AÇÕES CONCRETAS
Participarão da oficina, representando o MMA, o coordenador do projeto, Leandro Palos, e diretor do Departamento de Desenvolvimento Rural Sustentável do MMA (DRS), Allan Milhomens. Segundo Palos, nos últimos anos a América Latina e o Caribe têm se destacado mundialmente pelas ações concretas a respeito da erradicação da fome e da promoção da segurança alimentar.
Ao mesmo tempo, os países da região têm implantado programas e projetos destinados a promoção de práticas de produção sustentável. “Considerando sua heterogeneidade, os países da região compartilham desafios ambientais comuns, entre os quais as mudanças climáticas, a perda da biodiversidade, e a gestão dos recursos hídricos e do solo”, destacou.
A proposta das diretrizes se apresenta como um marco instrumental que busca contribuir com o alcance das metas da Agenda Global Pós-2015, promovendo um enfoque mais holístico do desenvolvimento a nível nacional e internacional e uma maior compreensão das políticas agroambientais de cada região. A FAO pretende divulgar as diretrizes para as frentes parlamentares de segurança alimentar e nutricional do legislativo de cada país participante.
SAIBA MAIS
Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o impacto que o crescimento da população mundial e o aumento do padrão de vida das sociedades têm exercido sobre os recursos naturais vem causando significativas mudanças no planeta, afetando o clima, a biodiversidade, a disponibilidade de recursos hídricos e a qualidade ambiental, aumentando o sofrimento das populações mais vulneráveis e colocando em risco a sobrevivência das populações futuras.
O agronegócio, apesar de sua importância econômica, ainda precisa ter suas atividades – potencialmente poluidoras – discutidas e avaliadas por uma lente critica que resulte em ações e políticas influenciadas pela ótica da sustentabilidade. Até porque, historicamente, as políticas de desenvolvimento agropecuário e a política ambiental foram desenvolvidas no país em paralelo, sem a necessária integração, resultando, muitas vezes, em ações conflitantes.
Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA) – (61) 2028.1165
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