Por: Lucas Tolentino - Editor: Marco Moreira
O Brasil e o restante dos países da América do Sul definiram prioridades na agenda de proteção dos recursos naturais e desenvolvimento sustentável. O secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Francisco Gaetani, reuniu-se, nesta sexta-feira (26/06), em Brasília, com vice-ministros de Meio Ambiente do Mercosul e de Estados associados para debater políticas e estabelecer medidas conjuntas em áreas como mudanças climáticas, ambiente urbano e biodiversidade.
O encontro contou com representantes dos governos da Argentina, Paraguai, Uruguai, Venezuela, Peru, Bolívia, Chile, Colômbia e Equador. Além disso, participaram da reunião integrantes do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), do Banco de Desenvolvimento da América Latina e da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal). “Foi feita uma abordagem sugestiva de ações entre os países e as agências financiadoras”, resumiu Júlio Baena, da Assessoria de Assuntos Internacionais do MMA.
CLIMA
Uma das questões centrais do encontro está ligada ao futuro acordo global de corte de emissões de gases de efeito estufa, que deverá ser negociado e votado em dezembro deste ano, na 21ª Conferência das Partes (COP 21) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês), em Paris. “A Cúpula de Paris não será o fim do caminho, mas uma oportunidade de mudar os rumos”, declarou o vice-ministro de Gestão Ambiental do Peru, Mariano Castro, país que sediou última Conferência das Partes, a COP 20, em dezembro de 2014.
O diretor de Mudanças Climáticas do MMA, Adriano Santhiago, destacou a proposta de diferenciação concêntrica que o Brasil defenderá na COP 21. Segundo ele, o país prioriza o princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas, no corte de emissões. ”A ideia é que os países desenvolvidos e os em desenvolvimento tenham metas distintas de redução”, explicou. “É uma proposta ambiciosa e justa para que todos tenham tempo de migrar entre as diferentes metas”, explicou.
SAIBA MAIS
Apesar de considerado natural, o efeito estufa tem aumentado nas últimas décadas e gerado mudanças do clima. Isso decorre do aumento descontrolado das emissões de substâncias como o dióxido de carbono e o metano. A liberação desses gases na atmosfera ocorre por conta de diversas atividades humanas, entre elas o transporte, o desmatamento, a agricultura, a pecuária e a geração e o consumo de energia.
Para frear os prejuízos verificados, foi criada a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês), que conta atualmente com 193 países signatários. Todos os anos, representantes de todas essas nações se reúnem na Conferência das Partes (COP) para elaborar metas e propostas de mitigação e adaptação e para acompanhar as ações e acordos estabelecidos anteriormente.
Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA) – 2028.1165
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