Rio de Janeiro (06/06) - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e a governadora do Rio de Janeiro, Rosinha Matheus, participaram hoje (06/06), do Seminário de Tecnologia da Água. O objetivo do encontro é discutir e propor iniciativas para a recuperação e preservação dos recursos hidrícos do estado. A ministra aproveitou a ocasião e empossou a nova diretoria do Comitê para Integração da Bacia Hidrografica do Rio Paraiba do Sul (Ceivap).
A ministra Marina Silva, afirmou que o projeto pioneiro de gestão de recursos hídricos, que está sendo implantado na bacia do rio Paraíba do Sul, que banha os estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, deve servir de exemplo para todo o país, pois vai permitir a integração de ações entre os três níveis de governo para garantir, na prática, a preservação ambiental. O projeto estabelece a cobrança pela água do rio usada pelas indústrias do seu entorno e, segundo a ministra, ?é uma forma de fazer com que estas indústrias entendam que o recurso hídrico deve ser usado de forma sustentável e que sua escassez acarreta sérios prejuízos do ponto de vista econômico e social?.
Um levantamento da Comissão de Meio Ambiente da Assembléia Legislativa do Rio mostra que dos 35 rios mais importantes do estado 25 estão contaminados com esgotos, lixo ou produtos químicos oriundos de indústrias. Também denúncia que três lagoas do estado já secaram e outras 25 estão ameaçadas de extinção.
Participaram do seminário os presidentes da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa e da Agência Nacional de Águas, Jerson Kelman, além de pesquisadores e autoridades de várias instituições brasileiras.
Marina Silva disse que a região da bacia do Paraíba do Sul foi escolhida como prioritária por ser responsável por quase 12% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, além de abastecer com água 80% da população fluminense e de produzir 20% da energia hidrelétrica do país. A ministra aproveitou a ocasião para anunciar a implantação, no próximo semestre, do Sistema Nacional Integrado de Prevenção e Combate às Situações de Risco e Danos Ambientais. Segundo ela, o sistema vai operar em parceria com as universidades, a Petrobras, o Ibama e os governos estaduais, com o objetivo de dar respostas rápidas a situações de desastres ambientais, como o que aconteceu no rio Pomba, provocado pela indústria de papéis Cataguases.
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